Ela hesitou, o dedo pairando sobre o ícone de retorno da chamada. Era tarde, quase uma da manhã, e ela não sabia se ele ainda estaria acordado. Além disso, o que diria? Que acabara de voltar de uma noite frustrante com outro homem? Que se sentia perdida, mesmo depois de tentar ser corajosa?
A ideia de falar com Gabriel a atraía e assustava na mesma medida; ele sempre tivera um jeito de enxergar através das máscaras dela, e agora, tão vulnerável, ela não tinha certeza se estava pronta para isso.
Elana mordeu o lábio, o celular ainda na mão, enquanto a mente oscilava entre ligar ou simplesmente deixar para amanhã. Mas algo na lembrança do tom de voz de Gabriel, sempre calmo e acolhedor, a fez ceder. Ela respirou fundo, clicou no ícone de retorno e levou o celular ao ouvido, o coração batendo um pouco mais rápido enquanto ouvia os toques.
— Elana? — A voz de Gabriel soou do outro lado, levemente surpresa, mas com um calor familiar que a fez sorrir apesar de tudo. — Não achei que você