O sol do meio dia escorre como ouro líquido sobre a propriedade dos Maia. O cheiro de comida caseira invade o terreiro, anunciando que o almoço está servido. Galinhas ciscam despreocupadas sob a sombra das mangueiras, enquanto vozes se misturam entre risadas e histórias da lida. A mesa da varanda está posta com fartura, como manda a tradição da casa.E é justamente nessa hora que Caio Ramos aparece.Chega devagar, mas com intenção. O carrão importado levanta poeira na entrada e atrai olhares. Ao descer, ele não está sozinho: traz consigo o engenheiro eletricista da sua empresa de energia solar e dois auxiliares com pastas, tablets e mapas. Está impecável, mas relaxado, como quem faz uma visita casual, o que, para qualquer um ali, é mentira evidente.— Boa tarde, família Maia! — ele exclama, com um sorriso largo. — Trouxe um presentinho.Dona Maria se levanta imediatamente, surpresa e empolgada.— Mas, meu Deus, Caio! Que surpresa boa! Vem chegando, meu menino!Ele se aproxima e depos
Ler mais