Agora entendi porque sentia tanta energia maligna desde que saí do castelo, aquela coisa possivelmente sentiu a minha presença e estava me seguindo desde então. Eu não vi de onde veio, por pouco não perdi o meu pescoço com o golpe que o chicote de chamas escuras que ele desferiu.A terra apenas se rompeu como se fosse o elemento natural daquele necromante. As sombras me prenderam ao solo como dedos famintos, me laçando com força da magia infernal própria daqueles seres. Em segundos eu estava presa, imobilizada, entre cadáveres reanimados e um cheiro azedo de decomposição.A risada cortou o ar pesado da noite.— Finalmente... Finalmente algo que valha a pena nessa guerra idota. Uma Valack... — disse ele, surgindo de uma espiral de névoa pútrida, que se materializou a minha frente. — O sangue antigo pulsa em você como um trovão. O sangue da imortalidade mais poderosa de todos os tempos. Eu quero prová-lo!O necromante.O manto que recobria sobre sua forma difusa sob as trevas, era feit

Acordei quando senti o chamado da alcateia, não pela mente, mas pelo sangue que retumbava em meu coração me chamando para lidera-los. Mesmo envolta nos mantos pesados do chalé de François, com meus filhotes ressonando sob a minha pele, ouvi em minha mente o grito silencioso de Kalahi rasgar o elo que me ligava a ela. Ela se desprendeu da conexão, como se não estivesse mais ligada a alcatéia. “Por quê?” Me perguntei internamente ao acordar. Kalahi era a minha Beta feroz. Guardiã dos nossa nova era de lycans. E, ainda assim, senti seu vínculo quebrar como vidro rachado, se fragmentando. E junto com isso, veio a dor. Uma dor absurda e contínua como se o coração dela tivesse sido arrancado em plena batalha. Sabia que algo terrível havia acontecido. E não podia esperar mais. O emparelhamento de Laha com Aero se tornou simbiótico, através deles eu sabia tudo o que tinha acontecido e a urgência de chegar a Northshore se tornou maior. Não só Prya tinha desaparecido, mas Nathaniel e Cal

MercedesVer Ravena entrando pela porta da câmara com uma aura assombrosamente poderosa, me fez soltar o ar que estive segurando desde que senti que ele, o meu companheiro, estava morrendo.Se havia alguém que poderia salvar François, esse alguém era ela.Seus olhos estavam totalmente roxos agora, e as runas em sua pele se tornaram totalmente evidentes, marcadas em dourado e prateado, olhar para ela era como olhar para a própria deusa da lua.- Deixe comigo, eu sinto o cheiro da sua exaustão a quilômetros. – ela disse gentilmente.- Não, eu não posso sair de perto dele... – respondi fracamente.- Se afaste, Mercedes. – os olhos dela cintilavam misteriosamente. – Pense na vida que sinto crescendo dentro de você.Senti minhas pernas fraquejarem com aquelas palavras, meu coração disparou com o significado delas. Algo dentro de mim estava diferente há alguns dias, mas com toda a turbulência da guerra e o pavor do que poderia acontecer, eu não me prendi ao que poderia ser.Agora que Ravena

RavenaPodia sentir cerca de treze necromantes restantes. O suficiente para dizimar um país inteiro, e todos aqui sabiam disso. Através de Ahal eu podia ver vidas passadas, de outros portadores de sua essência. Ele me mostrou todo o desequilíbrio que esses seres tenebrosos trouxeram para o mundo humano e sobrenatural.Eles eram obras de Kalzahar, o deus do Caos. Suas malignas criações, usadas por ele para criar o cenário que mais o favorecia. Guerra, fome, disputa, injustiça, dor e sofrimento.Eu sentia a dor dos que foram tragados, suas almas escravas destes monstros impiedosos. Levantei o meu punho repleto de luz, mirando em todos eles; sob a grossa camada de solo, eles achavam que estavam seguros da luz e do combate.Mas não podia se esconder da justiça.E eu, traria justiça a todos que foram tragados, massacrados e devorados pelas trevas. Lancei o espiral de luz serpenteante, que desceu na velocidade de um raio na localização exata dos meus inimigos, os transformando em p

MarcelA tempestade de neve piorou muito nas últimas horas, tornando impossível nossa partida em direção ao sul.Ainda não sei como cheguei a essa cidade minúscula, mas por sorte ou pela deusa, consegui encontrar um terminal bancário pedindo a ajuda de pessoas locais, e lá consegui acessar minha conta. Infelizmente, me informaram que todo o dinheiro que eu tinha guardado desapareceu, provavelmente Alexander, o alfa, limpou minha conta quando eu abandonei a alcateia Lua Negra. O que me restou não somava duzentos dólares, e com isso, seria impossível contratar um carro com motorista e voltar para Northshore. Mas era o bastante para comprar mamadeira, leite, fralda, e roupa para o meu filhote, e isso já me confortava. A mulher que me ajudava, devido a minha cegueira, se compadeceu de nossa situação e me ajudou a comprar tudo o que precisávamos, mas demonstrou muita inclinação em chamar a polícia em razão de meus ferimentos. Felizmente a convenci de que fui assaltado na estrada e sofr