Epílogo 1: Amor que PermaneceAriaA noite cai silenciosa sobre o vale. As luzes do resort desenham um caminho dourado até a estufa de orquídeas, e eu o sigo, em silêncio, com o coração acelerado. Julian já dorme, abraçado ao novo travesseiro que Alexandro trouxe de surpresa com estrelas bordadas à mão. Um gesto pequeno. Mas que, para mim, tem o peso de um universo inteiro.Entro na estufa e o encontro lá, regando as últimas flores, como fazia nos velhos tempos. Seu perfil está calmo, mas há algo no modo como ele segura o regador, como se cada gota tivesse o peso de uma lembrança. Ele me ouve e vira devagar.— Não pensei que viria. Diz, com a voz baixa, íntima.— Nem eu. Mas aqui estou.Ele sorri, um pouco tenso. Deixa o regador no chão e se aproxima, passo a passo, até que o cheiro de hortelã e orquídeas se mistura com o da sua pele.— Às vezes ainda acordo com medo de que tudo isso seja um sonho. Confessa. — O instituto, Julian... você.— Não é um sonho, Alexandro. É resultado
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