Cordas InvisíveisO sol da manhã aquece suavemente o gramado do resort. O cheirinho de pão caseiro e manteiga derretida vindo da cozinha invade a varanda, onde estou sentado, observando Julian brincar com uma bola entre as plantas. Ele corre, tropeça, cai de bunda na grama e ri alto, contagiando tudo ao redor com sua alegria. A babá observa de perto, mas ele não tira os olhos de mim.— Vai, papai! Chuta aqui! Grita ele, jogando a bola em minha direção.Levanto-me, sorrindo, e corro até ele. Chuto de leve a bola, que vai de encontro aos pezinhos pequenos e desajeitados, mas determinados. Ele vibra como se tivesse marcado um gol na final da Copa do Mundo.— Goooool! Comemora, levantando os braços.O riso dele me quebra. Me reconstrói. Me transporta para um lugar onde eu nunca imaginei estar: O da paternidade presente. Caminho até ele, o levanto no colo e girei uma vez no ar, fazendo-o gargalhar ainda mais.— Eu te esperei muito tempo, papai. Ele diz de repente, com a sinceridad
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