Os dias seguintes pareceram menos cinzentos.Isadora sentia como se algo em seu interior tivesse se realinhado. Havia, sim, medo. Mas, pela primeira vez em muito tempo, ela o deixava de lado para dar espaço a algo maior: a vontade de viver aquilo. Viver ele. Viver eles.Dominic manteve sua palavra. Passou a atuar em um projeto diferente, mantendo a distância profissional. Ainda a encontrava nos corredores, em reuniões gerais, ou no café da empresa. Mas o olhar que trocavam agora era diferente. Menos provocador, mais cúmplice. Um olhar de quem compartilha um segredo precioso.Ela gostava da sensação de ser desejada, mas, acima disso, gostava de como ele a enxergava inteira. Não como a mulher difícil, fria, ou inatingível — mas como alguém que merecia cuidado, atenção, verdade.Na sexta-feira, perto do fim do expediente, Isadora recebeu uma mensagem no celular.Dominic: “Hoje, 20h. Não é um convite. É um lembrete.”Ela sorriu sozinha. Era assim com ele. Um misto de desafio e ternura. Um
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