Dentro da sala de interrogatório, Allarick estava inquieto. E diferente das outras vezes em que seus olhos moraram no indivíduo a ser interrogado, daquela vez seus olhos não saiam de cima de Dália.Como poderia ter tanta coragem, aparecer assim quando estava sendo considerada suspeita também? Ou era uma conscidência e era outra pessoa?Ele estava confuso demais, e no momento, sem espaço para pensar.— Senhora Miranda, o que tem a dizer sobre a relação que o seu marido, desculpe, ex-marido, tinha com a vítima? — André começou o interrogatório assim que as mulheres se sentaram. Partilhava da mesma curiosidade que o colega, mas não tinham provas, e nem podia interrogar a advogada.— Eu fui traída, e ela que é a vitima? — Rebateu a professora. Dália lhe segurou pelo braço indicando que não seguisse por aquele caminho. — Não se preocupe senhora advogada, só estou sendo sincera. — Falou lhe fazendo soltar seu braço. — Se querem mesmo saber o que penso

— Pensando no quê? — Sorrateira, Alícia perguntou sentando-se ao lado de Elizabeth na grama do "jardim". Estava muito cedo, e ela já havia se isolado.— Em nada. — Respondeu abanando a cabeça, se sentia melancólica naquele dia. Tanto que não se preocupava em desconfiar da companhia. — Na verdade não sei, meus pensamentos ficam vindo e indo. — Explicou Elizabeth.— Entendo. — Comentou a ruiva. Elizabeth se virou para ela que mesmo de perfil, pareceu pensativa.— Quem acha que matou mamãe? — Elizabeth inquiriu medonha.— Acho que todo mundo é capaz de qualquer coisa deste que tenha uma motivação para tal. — Respondeu a psiquiatra.— Quer seja vingança, raiva, medo ou o que for...— Acrescentou.— Mas não tem nada que levasse Clara a esconder o assassino de mamãe, quer dizer, ela amava demais aquela mulher. — Defendeu a jovem amiga. — Talvez agora eu esteja sendo bem inocente, mas eu realmente acredito nela. — Afirmou. — Você também acha que

Naquele dia, Mariana recebeu uma mensagem por volta das duas da tarde, enquanto comemorava a vitória.. uma só e todo o seu ser se abalou.Como era possível que soubesse? De onde havia tirado aquela informação? E mais importante, o que faria com ela? Foram perguntas frequentes em sua mente enquanto ia para o lugar designado.O carro parado no meio da estrada como lhe foi instruído, e as mãos presas no volante...olhava constantemente os lados, tentando perceber por onde chegaria aquele ser...não havia mais ninguém naquela estrada além dela.Seu coração disparava e até conseguia ouvir o som do vento do lado de fora. Sua boca estava seca, e seu interior bastante assustado, estaria acabada se soubessem.Olhou as horas, já se fazia tarde. Mas lá estava, paciente em sua espera. Como alguém que carregava certa culpa, e sabia, não podia sair dali antes de falar com quem descobriu seu segredo.A porta ao lado se abriu, e um rosto familiar lhe foi

Ao chegar a casa da tia, pois já havia sido avisada das atrocidades que cometeu sua prima, Yara se deparou com Miranda em um estado perturbador. Era como se a professora tivesse se tornado em uma versão mais "desequilibrada" dela mesma.Miranda chorava, inquieta se esbofeteava, atirava as coisas para todos os lados e depois se culpava...pela manhã quando sua filha saiu, ela também saiu. Seu ex-marido havia ligado, e em outras circunstâncias não teria ido, não mais. Mas Miguel Angel disse que o assunto envolvia Clara, então foi. E o que ele disse a preocupou. Porque segundo ele, Clara sabia do relacionamento dele com Mariana fazia anos, e até chegou a lhe implorar que deixasse a amante e voltasse para sua mãe. Miranda não acreditou no que disse o engenheiro, e ainda o acusou de tentar usar a filha para justificar seu crime, porque realmente acreditava que Miguel Angel havia assassinado a amante.Mas ao voltar para casa recebeu a notícia de sua filha já sabia. E não só, havia cometi

— Seu amigo já foi? — Alícia perguntou assim que se encontraram na garagem de casa. — Já. — Elizabeth respondeu. — Se quizer pode ir na frente, tenho que ir a delegacia primeiro. — Avisou sem ânimo. — Não prefere ir vê o seu irmão primeiro e só depois se estressar com essa coisas? — Alícia perguntou em tom sereno. — Eu queria, mas fiquei preocupada com Matt, preciso pedir ajuda ao Allarick. — Respondeu a morena. — Tudo bem, eu vou com você então. — Ofereceu a psiquiatra. — Não precisa Alícia, você deve ter suas próprias coisas para fazer... não se ocupe dos nossos problemas. — Tentando não ser um fardo a ser carregado, argumentou Elizabeth. — Eu tenho, mas prefiro ir com você agora. — Alícia falou...as coisas que tinha por fazer, Theodor havia lhe prometido que fariam juntos, então esperaria. — E não diga disparates, somos família agora, os seus problemas, são os meus também. — Acrescentou pous