Passos lentos se aproximaram, mas Elizabeth não se moveu. Não tinha energia, nem queria continuar falando com seu pai. Ou sua madrinha, e menos ainda Alícia.Só queria ficar sozinha. No frio do quintal, ouvindo os grilos cantarolar e o vento uivar. Só queria paz. Mas os passos continuavam em sua direcção...— Está a quanto tempo nesse frio? — A loira perguntou parando ao seu lado. Elizabeth ergueu os olhos rapidamente, e então os voltou para frente.Não queria vê-la.— Quinze minutos, acho. — Respondeu para vê-la sentar-se ao seu lado. — Veio fazer o quê aqui? — Perguntou após alguns míseros minutos de silêncio.— Vim ver dona Ana. - Clara respondeu. Olhava o perfil da amiga, e pensava se seria bom lhe dar um abraço. Afinal Elizabeth parecia triste, talvez tanto quanto ela mesma esteve horas antes.— Está lá dentro. — Elizabeth comentou com pressa para ficar só.— Eu sei, já falei com ela. — Disse a jovem. —

— Allarick, está chateado comigo? — Elizabeth perguntou vendo-o desligar o carro em frente a casa que segundo as informações de Becky, pertencia a Amália Nunes. — Não, por quê a pergunta? — Devolveu confuso. — Porque falei coisas horríveis outro dia, e não disse uma única palavra desde que saimos da sia casa? — Elizabeth devolveu vendo-o desprender o cinto de segurança. Allarick se voltou para ela. — Liz, não estou chateado. E se bem me lembro, já aceitei suas desculpas. — Disse o detetive. — E se não falei nada durante o caminho, foi por estar pensando sobre o caso. Agora vamos lá.— Acrescentou abrindo a porta do carro. — Espere, espere. — Agitada, Elizabeth impedindo-o de tocar a campainha da casa. — E se ela for a assassina? — Perguntou preocupada. Toda aquela determinação em lhe acompanhar, amolecendo a luz de sua própria questão. — Não acho que seja. — Disse o Villareal. — Não? — Elizabeth devolveu confusa. — Não. — Repetiu. — Se alguém fosse a minha nova fonte de renda, o

Becky havia saído da delegacia para ir buscar o senhor d'Almeida, mas não o encontrou no hospital, até ligou para sua casa, mas ele também não estava lá. E como Anderson estava incontactável, a moça lhe deixou uma mensagem pedindo que comparecesse a delegacia o quanto antes.Voltou para seu posto de trabalho, e então pode finalmente almoçar.Becky pensou que ele não apareceria depois de terem se passado horas, estava até cogitando pedir emitir uma ordem que o obrigar a ir até eles, mas Anderson apareceu. Uns dez minutos depois que seu filho deixou a delegacia, mas lá estava ele.— O senhor desapareceu hoje...— A loira comentou arando a sua frente. Anderson nada disse. — Onde esteve? — Perguntou. Allarick estava ao seu lado, e também queira saber onde Anderson esteve, justo no dia em que encontraram com Amália. — Agora lhes devo explicações sobre o que faço com o meu tempo, detetives? — Anderson perguntou. Becky e Allarick trocaram olhares.— Claro que não, senhor d'Almeida. — Respond

Após Theodor ter falado sobre o padrinho e a possibilidade dele saber quem era o amante de Mariana, o detetive concordou que seria uma boa ideia voltar a falar com ele. Naquela mesma hora, o jovem arquiteto saltou da cadeira dizendo que iria falar com ele. Argumentando que esse era seu trabalho, Allarick estava resistente, mas Theodor deu-lhe a volta a cabeça dizendo que Adam era o seu padrinho, portanto, falaria mais abertamente com ele.E lá estavam eles, esperando.— André e Maíra, faz tempo não vejo os dois juntos. — Adam foi até eles com um sorriso no rosto e braços abertos. Elizabeth se levantou do sofá em que se acomodou com seu irmão no jardim e foi lhe abraçar. — Não seja tímido André, venha me dar um abraço. — Pediu soltando-a.— Como você está? — Perguntou segurando-o pelo ombro.— Bem, Liz ainda não conseguiu me matar. — Theo respondeu de forma séria. Adam riu.— Maíra, pare. — Adam repreendeu.— Só quando consegui

Já era madruga, e Theo ainda não conseguia dormir. Rolava para um lado, e depois para outro pensando no quanto seu pai mentia...não conseguia fechar os olhos, então calçou as pantufas e se colocou a vaguear pela casa, mas não parecia haver mais ninguém acordado, ou qualquer som vindo de qualquer parte da casa. Sem rumo, andava pelos corredores até avistar uma pequena luz debaixo da porta do quarto do pai...— O senhor matou a minha mãe? — Theo questionou ao adentrar o quarto do pai, que o vendo, não se surpreendeu, mas também não se animou. Anderson não esperava mais que alguém ficasse do seu lado e mesmo que fosse interrogado ou acusado, não censuraria a outra parte, depois de tudo, sentia que merecia.— Não. — Anderson respondeu sem olha-lo. Estava sentando no escrivania, olhando um álbum de fotos diante da luz fraca do abajur. — Nunca lhe faria mal, mesmo com a traição. — Acrescentou quando o filho se aproximou.— Então porquê o senhor age como se tivesse matado, porquê tudo iss