Eram oito e meia da manhã quando Rodrigo desceu do seu carro em Santa Marta, ele então observou que era uma cidade litorânea, bonita e acolhedora, ele respirou fundo, sentindo o ar quente e levemente salgado envolver sua pele. O sol da manhã iluminava as ruas estreitas, criando sombras irregulares nas fachadas das casas antigas. O cheiro salgado, misturava-se ao aroma fresco das plantas, que adornavam as janelas. Nervoso, ele verificou o horário no seu relógio de pulso, então respirou profundamente e caminhou com passos firmes até a casa de Dona Graça. Naquele momento seu coração batia rápido, não apenas pela caminhada sob o calor, mas pela ansiedade crescente que o dominava, visto está sentindo-se incrivelmente nervoso coisa que era incomum sentir. Ao chegar à porta, bateu três vezes, e o som ecoou pelo interior da casa. Dentro, Dona Graça e Naty interromperam a conversa. — Quem será uma hora dessas? — Dona Graça se levantou da cadeira de balanço, franzindo o cenho. — Será Cal

Minutos antes de Júlio bater na porta de dona Graça…Na Villa dos Sonhos, Lua encarava o celular perplexa, ainda em choque, sem compreender as atitudes de Rodrigo. O sol da manhã filtrava-se suavemente pela janela, lançando uma luz dourada sobre o quarto, mas ela não conseguia sentir calor algum. O aroma do café fresco, preparado por Pietro, pairava no ar, acolhedor, mas Lua sequer conseguia apreciá-lo.Pietro, atento ao olhar perdido dela, se aproximou carregando uma bandeja e, ao pousá-la sobre a cama, perguntou:— O que foi, chérie? Que cara é essa? Era ele… o tal Rodrigo?Lua suspirou profundamente, sentindo o peso da tristeza em seu peito.— Sim… mas eu não entendi por quê… — respondeu, a voz trêmula.— O que ele te disse para te deixar assim? — Pietro franziu a testa, um gosto amargo surgindo em sua boca, misto de preocupação e ciúme.Sentou-se ao lado dela na cama e cobriu suas m

Rodrigo os observava, do alto de seu escritório, com os punhos cerrados e os olhos ardendo em fúria, ele viu o abraço e sentiu um gosto amargo na boca. Raiva, ciúme e decepção misturados a um incrível e devastador sentimento de perda. Ele fechou os olhos, tentando controlar a tempestade dentro de si. Em um movimento brusco, derrubou todos os papéis da mesa no chão. "Idiota! Como posso ser tão idiota assim?" Enquanto isso, Hanna, que chegava à empresa naquele momento, também viu a cena e ficou estarrecida. Lua nos braços de outro homem? Depois da noite anterior com Rodrigo? "Então é isso? Eu realmente não me enganei com você, não é querida?" Com um sorriso torto e venenoso, ela esperou Lua se aproximar e, fingindo uma doçura falsa, disse: — Bom dia, querida. Você não perde tempo, não é, amiga? Lua, distraída, mal percebeu o tom afiado das palavras e apenas franziu o cenho. — O que você disse, Hanna? Hanna sorriu mais largo, os olhos cintilando com um falso brilho de

Rodrigo tentou manter a impassividade desde o momento em que entrou na sua sala. No entanto, quando ouviu as palavras de Júlio, sua expressão mudou. Seus olhos se estreitaram ligeiramente, e seu maxilar se contraiu antes que ele perguntasse, com um tom que beirava a incredulidade:— Tem certeza disso, Júlio?Júlio cruzou os braços, sustentando o olhar do outro homem. Sua decisão estava tomada, e ele não recuaria.— Toda certeza do mundo, Rodrigo. Agora, mais do que nunca.O silêncio que se instalou na sala foi quase insuportável. O ar parecia carregado naquele momento, e Lua sentiu um aperto no peito ao perceber que uma amizade de anos estava sendo desfeita. Rodrigo se fingia indiferente, porém ela viu quando ele engoliu em seco, como se estivesse tentando digerir o golpe que acabara de receber.Segundo ela soube por Sabrina foram anos de parceria, projetos grandiosos, noites em claro para transformar a Belle Femme e a Bella Vita em potências do mercado... E agora tudo estava se desfa

Yumi então decidiu que iria entregar as filmagens pessoalmente nas mãos de Pietro e, meia hora depois, ela chegou na empresa dele. Ao entregar as filmagens, Yumi estava contente por ter resolvido mais um caso com profissionalismo. Pietro, porém, quando viu, ficou inicialmente abismado. Depois, tenso e aborrecido, sem poder acreditar que foi uma mulher que fez aquilo com Lua. Pela dose que ela botou na bebida, a droga poderia fazer muito mal a ela, e achou incrível que Lua ainda podia lembrar de tanta coisa. — Yumi, quem é ela? — perguntou Pietro. — Se chama Hanna — respondeu Yumi. — Hanna? — repetiu Pietro, e então se lembrou do que Lua havia falado para ele, que ela considerava aquela mulher sua amiga. Então, ficou ainda mais possesso por isso e perguntou novamente: — E como faço para botar essa mulher na cadeia? Imagino que, por conhecer amigos policiais, pode conseguir isso facilmente pra mim, não? Yumi se ajeitou na cadeira e respondeu: — Seria, se Lua tivesse regis