Sob o efeito da droga, Lua sentia seu corpo ardendo e sua visão turva. Porém, arrastando o seu corpo ainda tentava entender toda aquela situação. Por isso, ainda tentou sair do quarto, mas percebeu que a porta aparentemente estava trancada por fora. E naquele momento, Rodrigo ainda a observando de onde estava, notou que apesar da escuridão do quarto ser quase total, com apenas a luz da lua, criando sombras sinistras nas paredes. Ele podia ver a sombra da mulher, mas aparentemente ela não o via, pretendia ligar a luz mas primeiro queria ver até onde ela iria. Ao se aproximar ainda mais dela, o ar foi totalmente invadido pelo cheiro doce do perfume da mulher, inebriando ainda mais os sentidos de Rodrigo, nesse momento ele então pensou: “Esse perfume é tão parecido com…” Mas antes de concluir seus pensamentos, apesar da pouca luz ele apreciou a beleza do corpo dela, era simplesmente: “perfeito” pensou ele fascinado.<

Ainda eram 4:00 da madrugada quando Lua despertou assustada, sentindo dor e vergonha. O quarto estava em silêncio, apenas o som suave da respiração de Rodrigo que dormia ao seu lado. O luar já se fazia alto e clareava o quarto, iluminando o rosto de Rodrigo com uma luz suave e prateada. Apesar do quarto ainda estar no escuro, ela podia ver com nitidez o rosto de Rodrigo, e a realidade das lembranças da noite anterior lhe veio à tona. Lembrou que Rodrigo não foi nada gentil com ela, e que o motivo foi que ele pensou que ela era uma garota de programa. Sentindo uma ardência em sua intimidade, e dor por seu corpo inteiro, devido à intensidade de Rodrigo, ela se levantou lentamente, como se cada movimento fosse uma agonia. Juntando suas roupas, entrou no banheiro do apartamento, chorando. Ao se olhar no espelho, percebeu marcas vermelhas por todo o seu corpo, e sentiu uma onda de vergonha e humilhação. Se vestiu rapidamente, tentando evitar olhar para o seu próprio reflexo. Depois saiu

Dona Joana, empregada de Rodrigo, ouvindo isso sentiu um arrepio, nunca tinha visto seu patrão descontrolado daquela forma, ao abrir a porta do seu quarto encontrou-o sentado na cadeira do escritório com os cotovelos apoiados na mesa e as mãos na cabeça.— Senhor Rodrigo, o que houve? — perguntou, preocupada, imaginando que ele estivesse bêbado.Mas Rodrigo não estava com paciência alguma para responder precisava pensar um pouco. Dona Joana preocupada voltou para sala e ligou para Ana, irmã de Rodrigo.— Senhorita Ana, é a Joana. O senhor Rodrigo está muito mal, acredito que só a senhora ele vai ouvir.Ana preocupada então perguntou:— O que houve, dona Joana?— Ele está desesperado, bebendo e chorando, e eu não faço ideia do porquê senhora.— Tudo bem Joana, obrigada por avisar — agradeceu ela.Ana, então decidiu ligar para Rodrigo e perguntou de forma preocupada.— Rodrigo, o que aconteceu? Rodrigo inicialmente hesitou em contar, porém ele sabia o quanto sua irmã era insistente, po

Assim que Lua e Pietro entraram na casa, ele acomodou-a no sofá da sala e lhe entregou um copo de água. Ela bebeu calmamente enquanto Pietro admirava o seu belo perfil.Depois que ela lhe entregou o copo e ele deixou sobre o centro de sala, sentou-se próximo a ela e pegando no seu queixo com cuidado, a encarou e disse:— Sente-se melhor agora, princesa, para se abrir comigo?Ela apenas sacudiu a cabeça. Pietro sorriu suavemente e disse:— Não se preocupe, linda. Eu estou aqui para te ouvir. Você pode me contar tudo quando estiver pronta.Ao falar isso, ele pegou na mão dela novamente com carinho. Lua sentiu o calor do seu carinho espalhar por seu corpo, fazendo o seu coração bater suavemente.Pietro esperou pacientemente, olhando para ela com olhos cheios de compaixão e amor. Lua sentiu-se segura e protegida ao lado dele, e começou a se sentir mais calma para falar.Depois de alguns minutos de silêncio, Lua finalmente começou a falar, com a voz ainda um pouco trêmula:— Eu... eu não s

Ele sorriu satisfeito e depois que encerrou a ligação, seguiu para o seu escritório e passou o restante da tarde tentando pôr algumas coisas do trabalho em ordem, ou sua mente o enlouqueceria pensando em tudo que a sua poupée ( boneca) passou. Após algumas horas, Marina lhe avisou que o jantar estava pronto. Porém, antes de seguir para o quarto de Lua, ele recebeu outra ligação, era doutor Eliot confirmando suas suspeitas. Depois que desligou, ele bateu com os punhos na porta com raiva, porém observando o seu olhar carregado no espelho, ele tentou se controlar passando as mãos no cabelo.E depois que se controlou, foi até o quarto de Lua, bateu na porta e ela atendeu, olhando para ele com um sorriso fraco. Ele notou que ela ainda estava um pouco pálida, mas parecia mais calma do que antes.— Você descansou, princesa? — perguntou ele, preocupado com o bem-estar dela.— Sim, um pouco. Obrigada pela preocupação, amigo — respondeu Lua, com uma voz suave.Pietro sorriu e ofereceu seu braço