(Ponto de Vista de Serena)Enquanto seguia Calvin para dentro de seu escritório, notei o quanto ele estava diferente. Ele tinha um leve bronzeado, como se tivesse passado mais tempo ao ar livre, e havia algo nele. —Uma aura de confiança que parecia mais afiada, mais calculada. Ele sempre foi seguro de si, mas agora parecia ter se acomodado completamente no papel de CEO, de uma maneira que atraía atenção sem pedir por isso.Calvin fez um gesto para que eu me sentasse à frente de sua mesa.— Posso te oferecer algo? Café? Água? — Perguntou, com um tom casual.— Estou bem. —Respondi, com um sorriso educado, acomodando-me na cadeira.Ele se sentou à minha frente, afrouxando a gravata ligeiramente, e se recostou, os olhos fixos em meu rosto.— Então, o que há de novo com você, Serena?Soltei uma risada, grata por ele estar quebrando o gelo.— Ah, minha marca está indo muito bem. A Étoile de Collin está se expandindo mais rápido do que eu imaginava. Temos algumas coleções novas chegando e uma

(Ponto de Vista de Bill)O arco de madeira flutuante balançava um pouco com a brisa, com as flores amarradas a ele se movendo o suficiente para me lembrar de como tudo isso era real. Eu fiquei embaixo dele, sentindo a areia se mover levemente sob meus pés. As ondas se quebravam calmamente atrás de mim, sendo o som ao mesmo tempo tranquilizador e elétrico. Meu terno estava justo, mas não desconfortável. —Era apenas o peso do momento que fazia meus ombros ficarem tensos. Não estava nervoso exatamente. Era mais como... Deslumbramento. Como se me perguntasse: será que isso estava realmente acontecendo?Fiquei olhando para o oceano por um instante, deixando o cenário me acalmar. Ele me lembrava da primeira vez que vi Serena, bem ali, naquela mesma extensão de praia em Malibu. Ela era selvagem e intensa, sua risada cortando o som das ondas como se nada mais importasse. Naquele momento, eu não sabia. —Como poderia saber? — Mas aquele dia foi o começo de tudo. Era engraçado como a vida se dese

(Ponto de Vista de Bill)O oficiante começou a falar, mas, sinceramente, eu mal ouvi uma palavra.Serena estava tão perto de mim agora, com a mão na minha, e isso era tudo o que eu conseguia focar. Ela me olhou como se eu fosse a única coisa que importasse, os olhos brilhando com algo que eu não sabia nem como expressar em palavras. Era avassalador da melhor forma possível. O bracelete de conchas dela pegava a luz do sol, e, por um momento, eu estava de volta àquela praia, entregando-lhe aquele presente de forma desajeitada, esperando que ela o guardasse. E ela guardou. Através de tudo, ela manteve isso — e a mim.Ela apertou minha mão levemente, me trazendo de volta ao momento presente. O oficiante fez um gesto para que ela começasse, e Serena deu um pequeno passo à frente. Ela respirou fundo, os olhos fixos nos meus, e, quando falou, sua voz estava firme.— Bill — começou ela, e só ouvir meu nome nos lábios dela me ancorava no lugar. — Você sempre foi o meu porto seguro. Mesmo quando

(Ponto de Vista de Bill)A areia estava quente sob mim, mesmo com o dia começando a esfriar. A mão de Serena estava na minha, os dedos dela suaves e familiares, como se sempre tivessem sido feitos para se encaixar ali.Collin estava a poucos metros, agachado na areia e completamente imerso no seu próprio mundo. Ele segurava um balde com uma mão e uma pequenina pá com a outra, tagarelando para si mesmo enquanto construía um castelo de areia torto. De vez em quando, ele olhava para nós, sorrindo como se estivesse esperando que aplaudíssemos seu trabalho. Nós fazíamos isso, é claro. Sempre.Serena se inclinava levemente para mim, a cabeça roçando em meu ombro. Ela não disse nada, e nem precisava. O silêncio entre nós era fácil, preenchido com tudo aquilo que palavras não conseguiam captar. Apertei sua mão gentilmente, meu polegar passando sobre suas articulações. Ela olhou para mim, os lábios se curvando em um sorriso suave.— Você está bem? — perguntei baixinho.— Mais do que bem — ela r