(Ponto de vista de Serena)A sala do tribunal parecia prender a respiração. Kevin estava sentado do outro lado da sala, calmo e sereno, como se não estivesse enfrentando o peso de seus crimes sendo lidos em voz alta. Incêndio criminoso. Lavagem de dinheiro. Tráfico de drogas. Comércio de armas. Conspiração. Cada acusação era como um martelo caindo, mas Kevin não vacilava. Ele se reclinava ligeiramente na cadeira, as mãos cuidadosamente dobradas sobre a mesa, como se aquilo fosse apenas mais um negócio qualquer.Ao meu lado, Bill estava tenso, a mandíbula apertada, os punhos repousando sobre as coxas. Olhei para ele por um momento, mas seu olhar estava fixo em Kevin. Eu conhecia aquele olhar. —Raiva controlada, prestes a explodir, mas contida. Peguei meu celular, desbloqueando-o para ver a foto de Collin. Seu sorriso miúdo me ancorava, me lembrava do motivo de estarmos ali. Passei o polegar sobre a tela, buscando força nele antes de guardar o celular de volta na bolsa.James estava atrá

(Ponto de Vista de Bill)O segundo dia do julgamento parecia ainda mais pesado que o primeiro. Eu estava no banco das testemunhas, com todos os olhares da sala voltados para mim. Kevin estava do outro lado, reclinado na cadeira, seu rosto impassível como sempre. Mas eu o conhecia o suficiente para perceber a tensão nos ombros dele, o jeito que os dedos batiam de forma ritmada contra a mesa. Ele tentava parecer calmo, mas sabia o que estava por vir.A promotora se levantou, sua voz firme, mas cortante.— Sr. Richardson, pode explicar seu envolvimento na descoberta das operações criminosas do réu?Respirei fundo, me preparando.— Sim. Depois que minha família foi diretamente alvo, comecei a trabalhar com investigadores privados e forças policiais para rastrear as atividades de Kevin Carter. Meu foco era conectar os pontos entre a lavagem de dinheiro, os negócios de armas e seus vínculos com os sindicatos criminosos.A promotora assentiu, dando continuidade.— Vamos começar pelos registro

(Ponto de Vista de Serena)Mariah Johnson estava sentada à minha frente, com seus olhos brilhando de admiração enquanto folheava suas anotações. O estúdio da Luxe Perspectives era brilhante e moderno, o tipo de lugar onde a criatividade parecia flutuar no ar. A entrevista já durava mais de uma hora, mas a energia de Mariah não havia diminuído nem por um segundo.— Serena. —Disse ela, inclinando-se ligeiramente para frente, sua voz cheia de entusiasmo. —Sua história... É como algo saído de um filme. Desde tudo o que você passou pessoalmente até construir a Étoile de Collin em uma marca global, é incrível. Verdadeiramente.Sorrio para ela.— Obrigada. Isso é exatamente o que eu queria que a Étoile de Collin fosse. Cada peça carrega um significado. É sobre conexão e resiliência.Mariah acena com a cabeça, sua caneta se movendo rapidamente em seu caderno.— Falando em resiliência, eu adoraria ouvir mais sobre o seu filho. Collin, não é?Meu sorriso se suaviza, e uma onda familiar de calor

(Ponto de Vista de Serena)Quando voltamos para o hotel, Collin já estava completamente exausto. Coloquei-o em seu berço, passando a mão em seus cabelos enquanto ele murmurava sonolento. Seu peitinho subia e descia suavemente, com o rosto relaxado de uma forma que só as crianças pequenas sabiam fazer.Ao sair do quarto, encontrei Bill me esperando, um brilho travesso nos olhos.— Vem comigo. —Disse ele, pegando minha mão antes que eu tivesse tempo de perguntar o que estava acontecendo.Ele me levou até o terraço do hotel, e quando saímos, dei um suspiro de surpresa. Uma mesa pequena estava montada sob uma fileira de lanternas, sua luz suave contrastando com o fundo da cidade. Ao longe, os canais brilhavam sob a luz da lua, e os edifícios pareciam saídos de um conto de fadas.— Bill... — As palavras me faltaram, perdida em meio à beleza do momento. — Isso é lindo.Ele sorriu, puxando minha cadeira.— Não é tão bonito quanto você, mas eu tentei.Eu ri suavemente, sentando-me enquanto ele

(Ponto de Vista de Serena)A mesa da cozinha estava um verdadeiro campo de batalha. Revistas de casamento estavam empilhadas até o limite, prestes a cair com o menor toque. Amostras de tecido estavam espalhadas por toda parte, como confetes em tons pastéis, e post-its colados por todos os lados, cada um exigindo algo que ainda precisava ser resolvido. Meu laptop estava no meio de tudo isso, iluminado pela minha interminável lista de tarefas. Planejar o casamento não era brincadeira. Era empolgante, claro, mas também muito mais caótico do que eu imaginava.Fiquei olhando a planilha na tela, tentando entender tudo. Sabores do bolo? Ainda não decididos. Arranjos de mesa? Nem ideia. E não me façam começar a falar sobre a música da primeira dança. —Bill e eu já vetamos tantas opções que seria mais simples dançarmos em silêncio. Do outro lado da mesa, o cardápio de amostra me provocava com escolhas impossíveis. Massa de trufas ou salmão selado? Ou ambos?Suspirei, esfregando as têmporas, e p