Estava me segurando ao máximo, porque queria aproveitar cada segundo ao lado da Millena. Mas eu também sabia o quanto aquele momento em família era importante. Mesmo assim, quando li a mensagem dela, o convite eu queria dar esse espaço. Tentei resistir, por puro orgulho ou talvez autoproteção, embora soubesse que sentiria falta do gosto dos seus beijos. No fundo, tudo o que eu queria era estar com ela.Cheguei em casa e dispensei o convite dos meus irmãos. Disse que tinha um encontro com a Mille e que anteciparia o compromisso do dia seguinte. Jantei com meus pais e irmãos, estava tudo tranquilo, avisei sobre o convite que recebi e meus pais apoiaram a minha ida. Logo depois me tranquei no escritório, mesmo com meus pais insistindo para que eu descansasse. Eu tinha um objetivo, e não ia parar por nada.Trabalhei a noite inteira, e já no meu quarto, após o banho, me joguei na cama. Celular em mãos, rolava a tela distraidamente... até ver que ela estava online. O que achei estranho pois

Essa garota… a Serena… ela não vai tirar a paz da Millena. Isso eu não vou permitir. Nunca a vi com outros olhos, nunca houve espaço para qualquer tipo de sentimento além da cordialidade. Mas agora, ela ultrapassou todos os limites, e minha paciência está chegando ao fim.Voltamos para casa após o episódio na cachoeira, e mesmo tentando manter o clima leve com a família, a presença insistente de Serena pairava como uma sombra desconfortável. Eu tentei ignorar, mas quando ela passou dos limites e soltou uma insinuação atravessada sobre a Mille, não consegui mais ficar calado. Defendi Millena sem pestanejar. Pessoa como Serena… não me chama atenção, não desperta nada além de incômodo. A atitude dela está sendo infantil, desrespeitosa, até parece que os papéis se inverteram, porque, surpreendentemente, Millena conseguiu manter a calma. E isso só me fez admirá-la ainda mais.Depois do jantar, eu não queria encerrar a noite sem algo especial. Peguei um cobertor, alguns dos doces que eu sei

Millena...Alguns meses depois...— Eu não aguento mais esperar, Pietro... — murmuro com a respiração ofegante, sentindo meu corpo em brasa, como se cada centímetro da minha pele implorasse pelo toque dele.— Minha pimenta... desse jeito, você vai acordar a casa inteira... — ele sussurra, rouco, ainda de olhos fechados, mas o sorriso no canto de sua boca denuncia que está tão aceso quanto eu.— E que se danem todos... — digo enquanto deslizo sobre seu corpo, tomando meu lugar sobre ele. Nem parece que passamos a noite inteira juntos. É como se quanto mais eu o tenho, mais faminta eu fico. E o céu começando a clarear pela janela só faz tudo parecer ainda mais proibido e intenso.Mal termino de me ajeitar quando ele segura minha nuca com firmeza, a força exata entre o rude e o possessivo. Seu olhar crava no meu, e isso me faz estremecer. Ele desperta de vez, e em questão de segundos me vira com brutalidade deliciosa, ficando por cima.— Depois não diga que eu não avisei, minha pimentinh

Sei que não deviria ter aceitado, mas naquele momento era a luz no final da escuridão. A senhora Velasquez, me explicou como deveria me portar na presença do acompanhante, ele era muito sério e silencioso, então não precisava fazer muito. Apenas respostas diretas e nada mais.Ali mesmo naquela tarde chuvosa segui para uma das sala da galaria, eu precisava está perfeita em tempo muito curto. Tomei uma banho, a Lu, me trouxe alguns produtos mega caros para usar assim estaria perfeita com a pele perfumada e hidratada, mesmo que era só uma companhia.Após escolhemos o vestido que ela marcante na cor vinho, com alguns detalhes que gritava riqueza. Lu começa a fazer uma maquiagem em mim, enquanto outra meninas alisa meus cabelos na chapinha, eu não tive tempo de pensar, eu precisava fazer isso, eu só queria que isso passa-se e eu voltasse para casa em segurança. Após pronta, meus cabelos no penteado baixo com coque, maquiagem perfeita, nem eu mesma conseguiria tal coisa, coloquei

De volta ao salão, o clima parecia ter mudado sutilmente. A música era mais ritmada, as taças tilintavam com frequência e alguns convidados já se mostravam mais à vontade, alguns até demais.Assim que Alben e eu reaparecemos, os olhares se voltam novamente em nossa direção. Mas dessa vez, não com a curiosidade de antes. Havia julgamento. Insinuações não ditas. A elegância do nosso retorno juntos, com uma proximidade que não passava despercebida, começava a alimentar burburinhos.Ele parece não se importar. Está acostumado. Mas eu sinto, no olhar dele, na forma como a mão não toca mais minha cintura, na distância milimetricamente calculada, que ele ficou em alerta.— Fique ao meu lado, Anne, mas mantenha o olhar seguro — ele sussurra ao meu ouvido, com um tom sério. — Aqui, até um sorriso mal colocado pode ser interpretado como fraqueza.Engulo em seco e aceno com um leve sorriso social, exatamente como ele me orientou.Nos aproximamos de um pequeno grupo de empresários. Entre eles, um