Ontem após a despedida com Alben, algo tinha mudado, fico com isso em minha cabeça, aproveitei para ficar um momento sozinha, tomei um banho, e responde as mensagens da Luh, que estava preocupada, contei por alto como estava sendo. E me rendi ao cansaço da noite, mais com ele sem precisar me defendendo, me protegendo desse urubus que pensão que tem um rei na barriga...O domingo amanheceu calmo. A vista da cobertura era deslumbrante, com o céu limpo e um sol morno que dourava os prédios ao longe. Despertei com o som suave de uma notificação no meu celular, era uma mensagem: E me surpreendo por ver que a mensagem de um contato não salvo, abro e foto fica visível é do Alben.Mensagem Online:“Café da manhã no terraço. Vista boa. Companhia melhor.”Sorriu sozinha. Ele raramente faz tipo de brincadeira, mesmo a mais sutil.Me levantei mais animada, fui para banho rapido, e após me vestir com uma calça clara, blusa de linho e o cabelo preso em um coque solto, deixando o meu look bem leve,

Merda.Minha cabeça pulsa como se mil tambores retumbassem ao mesmo tempo. Tento abrir os olhos, mas a claridade me atinge em cheio. Gemei baixo, levando a mão à testa.Por que diabos eu fui sair ontem?Aquela memória fragmentada e o gosto amargo da culpa começavam a tomar forma. Viro o rosto, em busca de alguma pista, e então...Pera aí.Franzo a testa. Este não é o meu quarto.Os olhos se arregalam. O teto, a colcha, o cheiro tudo errado.Sento-me de supetão, ignorando a dor latejante.Droga. Droga. Droga!— Merda... Eu não acredito que me deixei levar por um babaca qualquer!— Obrigado pelo "babaca qualquer" — diz uma voz rouca atrás de mim, carregada de sono e sarcasmo.Congelo.Sinto o sangue gelar, um arrepio percorrendo a espinha como um raio cortante. Meu estômago afunda.Não. Pode. Ser.Viro o rosto lentamente, temendo o que vou encontrar.E lá está ele. Deitado, os braços cruzados atrás da cabeça, olhos semicerrados, me observando com um sorriso torto nos lábios.— Meu Deus.

Nem nos meus melhores sonhos eu poderia imaginar que reencontraria o Alben daquela forma. Desde a nossa última noite juntos, ele não saía da minha mente mais do que eu estava disposta a admitir. Pensava nos detalhes, no jeito como me olhava, como me escutava... e, principalmente, como me respeitava.Mas nada me preparou para vê-lo fazer aquela pequena loucura por mim. Um gesto simples, inesperado e por isso mesmo, perfeito. Ele parecia outro. O mesmo homem sério, centrado, comedidamente elegante... mas havia algo diferente. Ele estava mais leve, mais próximo, como se tivesse abaixado a guarda só por um momento. E, sem perceber, me fez abaixar a minha também. A volta para casa foi silenciosa por fora, mas barulhenta por dentro. Cada passo ecoava as lembranças da noite anterior: o toque dele nos meus cabelos, o cuidado com que me cobriu, o beijo mais íntimo do que qualquer palavra. Alben tinha me tratado com uma ternura que eu não estava acostumada a receber. Sem segundas int

Só de vê-lo ali, por um simples pedido meu, meu coração disparou. Eu sabia que não podia mais cometer o mesmo erro. Eu o queria e o melhor, isso era recíproco. O beijo que trocamos despertou em mim desejos que estavam guardados há muito tempo. Há anos eu não me sentia tão à vontade, tão viva, tão desejada... Mas com Alben era diferente. Com ele, eu queria me permitir ir além.Fecho os olhos e consigo lembrar de cada detalhe da noite passada. Acordei há poucos minutos, e ainda estou em seus braços. O calor do seu corpo me envolve e me faz querer ficar ali para sempre. Sinto o carinho leve dos seus dedos nos meus cabelos, ele já está acordado.Abro um sorriso e levanto o rosto, encontrando o olhar dele. Aquele olhar que aquece meu coração como nenhuma palavra seria capaz.— Bom dia, dorminhoco... — brinco, e ele me puxa ainda mais para perto, colando nossos corpos. Em seguida, me beija com tanta delicadeza que parece querer confirmar que eu ainda estou ali com ele.— Bom dia, pequena. D

Depois da visita inesperada dos pais do Alben, algo dentro de mim se partiu. Mas não por mim, e sim por ele. Ao observar o desconforto dele, as palavras duras trocadas e o silêncio que veio depois, entendi com clareza o quanto aquele homem teve que crescer sozinho. E o mais admirável nisso tudo é que ele não se transformou em um reflexo deles. Pelo contrário. Alben construiu uma fortaleza emocional com base na ausência, mas com um coração gigantesco, cheio de cuidado, generosidade e afeto.Ainda emocionada com tudo, recebi a ligação dos meus pais. Eles estavam radiantes, contando os dias para o reencontro. Minha mãe, como sempre perspicaz, percebeu minha felicidade pelo tom da minha voz. Perguntou o que estava acontecendo, mas preferi guardar a surpresa para quando estivermos juntos. Mal posso esperar para contar tudo e principalmente apresentar Alben a eles.Depois da ligação, comecei a pensar em onde eles poderiam se hospedar. Essa simples preocupação me deixou sensível, e as lágrim