Na manhã seguinte, após uma noite de pesquisas e telefonemas, Oliver entrou no quarto de Antonella, carregando uma bandeja de café da manhã leve e com bastante nutrientes e uma garrafa de água. Seu rosto estava cansado, mas seus olhos revelavam sua determinação em ajuda-la. Ele sorriu para ela, tentando disfarçar a preocupação que estava sentindo, mas seus olhos traíam sua ansiedade. — Bom dia, Ella.— disse ele, colocando a bandeja na mesa de cabeceira, sua voz suave e carinhosa.— Como passou a noite? Antonella sorriu, seus olhos cansados, mas ainda assim brilhando com gratidão. — Estou bem, Oliver.— disse ela, sua voz fraca, mas sincera.— Consegui dormir um pouco, Elisa e Maya cuidaram de mim como se eu fosse um bebê...— respondeu ela, sentando na cama, seus movimentos lentos e cuidadosos. Oliver ajudou-a a se sentar e ajeitou os travesseiros atrás dela, seus dedos roçando suavemente nos cabelos dela. Ele olhou para ela com uma expressão de ternura, seus olhos percorrendo ca

Antonella saiu do banco com o coração pesado, como se uma âncora invisível a estivesse puxando para o fundo do desespero. A incerteza a envolvia como uma névoa escura, sufocando-a com a ameaça de um futuro incerto. Sem o dinheiro que era seu por direito, como conseguiria manter-se daquele momento em diante? Logo teria que se afastar das cirurgias e do trabalho, sem seu salário, a perspectiva de um apartamento para morar, os remédios e o tratamento que logo iniciaria pareciam uma miragem distante, inalcançável. A cada passo, a sensação de afundamento aumentava, como se estivesse caminhando sobre areia movediça, sem nenhuma esperança à vista. Oliver, por outro lado, estava com o rosto tenso, seus olhos ardendo de raiva contida. Ele entrou no carro e começou a dirigir, seus olhos fixos na estrada, cada um perdido em pensamento sombrio. — Onde estamos indo? — Antonella perguntou, notando Oliver desviar o caminho do apartamento de Elisa. Sua voz estava hesitante, como se temesse a resp

A tensão no escritório era palpável enquanto Collor se aproximava de Oliver com passos firmes e movimentos deliberados, um sorriso malicioso se espalhando pelo seu rosto. — Quem diria, Oliver Collen não passa de um covarde! — Collor disse, as palavras saindo de sua boca como um veneno que corroía a alma. — Sempre soube que escondia algo, mas confesso que nunca imaginei ser tão grotesco. Oliver sentiu a fúria explodir em seu peito, um vulcão prestes a entrar em erupção. Seus punhos se fecharam, os músculos tensionados, prontos para libertar a raiva acumulada. — Cala a boca, Collor! — ele gritou, a adrenalina percorrendo seu corpo como um rio de fogo que queimava tudo em seu caminho. Collor deu um passo à frente, seu sorriso se tornando ainda mais malicioso, um brilho de triunfo nos olhos. — Você não tem coragem de enfrentar os problemas de frente, sempre procurando maneiras de enganar as pessoas.— ele disse, as palavras cortando o ar como uma lâmina afiada. Oliver avançou u

A noite estava caindo sobre o lago, e o reflexo da lua na água era como um caminho de prata brilhante. Oliver e Antonella estavam de pé na margem do lago, observando o espetáculo da natureza em silêncio. O ar estava fresco e calmo, e a única coisa que se ouvia era o som suave da água batendo na margem. Oliver finalmente quebrou o silêncio, sua voz baixa e emocionada. — Nem consigo acreditar que isso seja real. Ter você finalmente comigo. Antonella sorriu e se virou de frente para Oliver, abraçando-o apertado. Ela sentiu o calor dos braços dele envolvendo seu corpo, e se sentiu segura e amada. — Tudo que eu mais quero é estar ao seu lado, não importa o que aconteça, não importa o que Collor e Eloisa estejam planejando fazer, vou lutar por você.— sussurrou ela, sua voz trêmula de emoção. Oliver a abraçou mais forte, o coração batendo mais rápido. Ele selou seus lábios nos dela num toque suave e delicado. A ternura do beijo fez Antonella se sentir completa, uma peça que final

Com a ajuda de Denise, Antonella terminou a cirurgia com sucesso. Quando finalmente saíram da sala de cirurgia, Antonella estava exausta, ela mal conseguia se manter de pé. — Foi por pouco... — disse uma enfermeira, para Denise. — Mas conseguimos. Denise concordou, com os olhos arregalados de preocupação. — A doutora foi incrível. — disse ela. — Eu não sei como ela conseguiu fazer isso. Antonella sorriu, sentindo um misto de orgulho e alívio. — É o que fazemos todos os dias meninas.— disse ela. — Nós lutamos para salvar vidas. Apesar dos pesares vocês foram muito bem. Obrigada por me ajudarem.— continuou com um olhar agradecido.— Denise, mais tarde precisamos conversar sobre o que aconteceu. — Tudo bem, senhora. Antonella lavou suas mãos sujas de sangue, jogou as luvas e sua máscara, retirou seu jaleco e colocou um limpo, era hora de dar a notícia para a família do paciente, ela nunca aparecia perto de um familiar com sangue ou com o rosto preocupado. Antonella entrou