Eloisa, transtornada, saiu do apartamento com raiva, exalando em seu olhar uma fúria que parecia consumi-la por dentro. Ela bateu a porta atrás de si, fazendo com que o som ecoasse pelo corredor, como um grito de desespero. Oliver ficou sozinho, cercado pelo silêncio e pela escuridão. Era quase madrugada, e tudo para ele não fazia sentido. Sua mente estava confusa, como se estivesse presa em um labirinto de pensamentos e emoções. Seu corpo doía como se tivesse sido esmagado por um peso enorme, um peso que parecia crescer a cada segundo. Com um esforço imenso, ele se levantou do sofá, mas suas vistas estavam embaçadas demais. Ele cambaleou pelo corredor extenso, derrubando alguns objetos no meio do caminho, como se estivesse em um sonho ruim. O som dos objetos quebrando no chão ecoou pelo quarto, como um refrão de desespero. Oliver sentia-se como se estivesse perdendo o controle, como se estivesse caindo em um abismo sem fundo e ninguém estivesse ali para ajuda-lo. Com muito custo,

Antonella ajudou Oliver a tomar banho, cuidadosamente lavando seu corpo fraco e dolorido, o cheiro gostoso do sabonete inundou o banheiro. Ela tentou ser objetiva, como sempre fazia com seus pacientes, porém, não conseguiu evitar sentir um arrepio na espinha ao tocar em sua pele quente. A sensação foi como um choque elétrico, fazendo com que seu coração batesse mais rápido.Ela estava acostumada a fazer isso, dar banho, trocar fraldas dedos idosos, alimenta-los, foi dois anos sendo tratada como uma faz tudo no hospital e ela era muito eficaz em cada função. Mas com Oliver era diferente. Por mais que tentasse controlar seus pensamentos, estar perto dele fazia com que ela sentisse coisas que tentava apagar em seu coração. A lembrança dos momentos que eles haviam compartilhado, a forma como ele a fazia se sentir, tudo isso estava lá, escondido em seu coração e visível em seu olhar.Depois do banho, ela colocou um roupão nele, envolvendo-o em uma manta quente e confortável. Em seguida, ap

Antonella sentiu seu peito se afundar, como se um peso tivesse sido lançado sobre ela, esmagando sua alma. A lembrança de como Elisa ficou após sofrer o abuso veio à tona com uma força avassaladora, revivendo a dor e o sofrimento da sua amiga. Ela fechou os olhos, tentando se controlar, mas as lágrimas começaram a escorrer por seu rosto. Sua respiração ficou mais superficial, e seu coração começou a bater mais rápido. — Aquele monstro saiu? — murmurou Antonella, sua voz trêmula e cheia de descrença, como se estivesse perguntando se o mundo havia enlouquecido. — Não pode ser... ele não pegou 25 anos no regime fechado? — Infelizmente o advogado dele recorreu após mais um dos atentados que ele sofreu na prisão — disse Beatriz, sua voz trêmula e cheia de preocupação, como se estivesse lutando para manter a calma. — Queria tanto que Elisa voltasse a morar conosco, nem que seja por enquanto. Beatriz fez uma pausa, respirando fundo antes de continuar, sua voz agora carregada de lembra

Beatriz saiu do elevador, sua mente turbulenta com as notícias que havia recebido, ela tentava fingir que estava bem, pois sabia que Antonella estava muito nervosa. Mas o medo já era grande de perder Oliver, e agora preocupação com a saúde de Eloisa e do bebê, a consumiam. Seu coração batia forte no peito, e suas mãos estavam trêmulas de ansiedade. Ao aproximar do apartamento de Elisa, ela viu Marcos parado na porta, esperando por ela. Seu rosto estava sério, mas seus olhos estavam cheio de preocupação. Marcos a conhece como ninguém, no instante em que seus olhos caíram nos de Beatriz, ele sabia que ela estava prestes a desmoronar. Imediatamente, ele se aproximou dela com passos largos e rápidos. Ele podia ver o medo e a preocupação nos olhos dela aumentarem a cada passo que dava. Marcos se posicionou de frente para Beatriz, sua mão deslizou em seu rosto com carinho, sentindo a suavidade de sua pele. Ao retornar seu olhar nos olhos de Beatriz, viu as lágrimas brotarem, como se o s

Elisa sentou na cama, enrolando seus cabelos em um coque bagunçado, enquanto limpava os olhos que estavam embaçados pelas lágrimas. Seu rosto estava pálido e marcado pela dor, e sua voz rouca e fraca tremia ao falar. — Eu tive um pesadelo horrível com isso essa noite... Eu estava naquela festa, todos apontavam o dedo pra mim como seu tivesse culpa do que aconteceu, enquanto aquele monstro se aproximava... eu sentia cada toque, o cheiro dele...— disse Elisa, sua voz quebrando em soluços. Ela se cobriu com as mãos, como se estivesse tentando se proteger. — E se ele voltar? Eu estou com tanto medo... — sussurrou, sua voz quase inaudível. Antonella se aproximou um pouco mais, sentando-se ao lado dela na cama. Ela colocou um braço ao redor dos ombros de Elisa, tentando confortá-la. — Não vai! — disse Antonella, sua voz firme. — E se vier, você mais que ninguém está preparada para se defender. Você tem uma família e amigos que estarão para o que der e vier ao seu lado.— Antonella ap