Cada passo que Collor dava em direção a Antonella era como um tambor batendo em sua mente, gritando para ele se acalmar, para não perder o controle. Mas era tarde demais, a raiva e a possessividade já haviam tomado conta dele. Antonella, ao ouvir seu nome em um grito de raiva, sentiu-se frustrada e triste. Ela havia passado a noite inteira sozinha, sem saber onde Collor estava, e agora ele aparecia, gritando com ela como se ela fosse culpada de algo. Quando Collor se aproximou de Antonella, seus olhos mudaram de raiva contida para uma falsa preocupação. Ele sabia que precisava se controlar, Antonella detestava gritos e com um esforço enorme, Collor fingiu não estar morrendo de ciúmes por ela estar com Oliver. Sem pensar ele a puxou para perto de si, suas mãos a segurando como se Antonella fosse sua propriedade, como se reivindicasse algo. — Oi, Oliver! — cumprimentou Collor, sem olhar para ele. — Amor, onde você estava? Te procurei por todos os lugares — disse Collor, sua voz ca

O dia amanheceu acinzentado, como se o céu estivesse refletindo o humor sombrio de Collor. Ele havia passado a noite em claro, pensando em como desfazer a burrada que fez. Com a cabeça fria, ele sentou na varanda, e acendeu um cigarro. Collor não tinha costume de fumar, mas a raiva, o medo, o desejo de fazer Antonella ficar com ele a qualquer custo fez com que ele adquirisse a esse novo hábito. — Caramba! O que eu fiz?— Murmurou, passando a mão pela testa, como se tentasse aliviar a dor latejante que o consumia. Seus pensamentos começaram a arquitetar cada palavra e cada ação que ele diria e faria perto de Antonella, pois sabia que precisava recuperar o terreno perdido. No início, seu amor por ela era saudável e genuíno, mas desde o retorno de Oliver à vida de Antonella, seus sentimentos haviam se tornado doentios e obsessivos. Collor culpava Oliver por tudo, e o fato de Antonella ter engravidado dele durante a inseminação era, em sua mente, a pior coisa que já havia acontecido. Ess

Eloisa ficou paralisada, olhando para o teste de gravidez como se estivesse vendo um pesadelo se tornar realidade. Ela não podia acreditar que o resultado fosse negativo. Ela havia se convencido de que estava grávida, de que finalmente havia conseguido o que queria. — Não... — repetiu Eloisa, sua voz tremendo de desespero. Ela sentiu como se estivesse afundando em um poço sem fundo. Toda a sua expectativa de continuar com Oliver havia sido destruída em um instante. — Droga! O que eu vou fazer Judite? — falou Eloisa enquanto deslizava os dedos nos fios do seu cabelo puxando com um leve pressão, sua ansiedade e desespero começando a transparecer. — Senhora, se acalma... podemos ver outras formas... — murmurou Judite, tentando parecer preocupada. Eloisa começou a caminhar de um lado para o outro no quarto, tentando encontrar uma saída para a sua situação. Ela não podia deixar que Oliver descobrisse que ela não estava grávida. Isso seria o fim de tudo. — Eu preciso de um bebê Jud

Antonella e Oliver ficaram um momento em silêncio, ambos tinham muitas coisas para dizer, mas o silêncio parecia falar por eles. O som sos patos nadando no lago e o vento suave criavam uma atmosfera pacífica e introspectiva. — Como você está? Fiquei preocupado com você pelo ocorrido com Collor.— perguntou ele, observando o rosto de Antonella com atenção. Antonella sorriu, ignorando as lembranças daquele dia, seus olhos brilharam com uma luz suave. — Estou feliz... Acho que minha gravidez me trouxe outros objetivos na vida.— disse ela, com uma voz suave e reflexiva. — Como que? — perguntou Oliver, curioso para saber mais sobre ela. Antonella pensou por um momento antes de responder. — Antes eu só pensava em trabalhar, estudar, conquistar uma carreira, mas agora, sabendo que tem uma pessoa crescendo aqui dentro...— disse ela, colocando a mão sobre a barriga— é como se nada disso fosse realmente importante. Oliver sorriu, vendo o quanto Antonella havia mudado. Ele podia v

A noite estava avançando, e Oliver estava completamente desorientado e bêbado. A sala de estar parecia girar ao seu redor, e ele mal conseguia manter os olhos abertos. Eloisa, que estava sentada ao lado dele, via a oportunidade perfeita para passar a noite com ele. Ela se aproximou dele, seu corpo quente e convidativo, exalando um perfume sedutor que envolvia Oliver em uma nuvem de desejo. Seus dedos tocaram nos dele em um toque sensual, como se tivesse desenhando as linhas das veias da sua mão. Oliver sentiu um arrepio, mas não conseguiu reagir. Seu corpo parecia pesado, como se estivesse preso em um sonho do qual não conseguia acordar. — Amor, parece que você bebeu um pouco demais.— murmurou Eloisa, sua voz suave e sedutora, como um sussurro em seu ouvido. Oliver forçou os olhos para tentar se encontrar, ele olhou em volta e percebeu que estava no seu apartamento, com um balanço suave da cabeça concordou com o que Eloisa disse. Eloisa sorriu e se aproximou mais dele. Ela afa