Ele foi condenado à pena de morte? Tristão sentiu como se uma bomba tivesse explodido em sua mente. As palavras de Gustavo, que continuava a falar do alto do tribunal, tornaram-se ruídos indistintos. Ele agarrou as barras da cela com força, perdendo completamente o controle, e começou a gritar: — Como assim pena de morte? Eu sou estrangeiro! Vocês estão aproveitando que eu não conheço as leis do país? Mesmo que eu fosse condenado, não seria aqui! Eu deveria ser extraditado, julgado no meu país! Vocês não têm o direito de me condenar à morte! Gustavo lançou um olhar frio e irônico para o rosto de Tristão, agora distorcido como o de um demônio. Com a voz firme e cortante, respondeu: — Ah, quer falar de leis? Então vamos esclarecer as coisas. De acordo com a Convenção sobre Privilégios e Imunidades Diplomáticas, estrangeiros que gozam de privilégios e imunidades diplomáticas têm suas responsabilidades criminais resolvidas por vias diplomáticas. Tristão, me diga: que méritos, que pos

“Mamãe... A senhora pode me ouvir aí de cima? Deve estar vendo tudo, né?” Pensou Charles.— Não eram trinta anos? Como assim pena de morte? Como pena de morte? — O rosto de Tânia perdeu toda a cor, e suas bochechas tremiam descontroladamente, como se os nervos tivessem se rompido. — Vocês estão errados! Isso é injusto! Eu vou apelar! Eu vou apelar!Joaquim segurava com força a borda da mesa, tentando sustentar um corpo que parecia ter sido completamente drenado de energia. Ele, que sempre fora o advogado estrela, o grande nome dos tribunais, nunca havia perdido um caso sequer.Mas desta vez, ele caiu. E caiu feio. Um tombo que o deixou arrasado! O que doía ainda mais era o gosto amargo da derrota — e pior, perder para Breno, alguém que ele sempre desprezou.— Você tem o direito de apelar... Mas não perca seu tempo gritando no tribunal. Não vai mudar nada. — Gustavo lançou um olhar gélido para a mulher que, naquele momento, parecia ter perdido a sanidade. Por dentro, sentia uma revolta

Quando Dante veio correndo, seus olhos estavam vermelhos e brilhantes, como se tivesse acabado de chorar muito.Ele, sendo o secretário mais leal de Charles, acompanhara de perto toda a caminhada de seu chefe — as dores, o peso do ódio e a luta incessante até chegar àquele momento. No instante em que o veredito foi anunciado, enquanto ele cuidava dos assuntos do lado de fora, não conseguiu se conter e desabou em lágrimas.— Já resolveu tudo lá fora? — Charles perguntou com um leve sorriso, enquanto abraçava Olívia.Dante abriu um sorriso radiante e assentiu com vigor.— Sim, senhor, já está tudo resolvido. Ah, por falar nisso, meu telefone não parou de tocar! Praticamente todos os grandes veículos de imprensa do país estão pedindo entrevistas com o senhor!— Eu nunca aceito entrevistas.— Sim, eu sei disso! Então neguei todas, claro. — Dante ainda estava visivelmente emocionado, sua voz tremia de leve. — Mas, senhor, sobre tudo o que aconteceu... Não acha que seria o caso de fazer uma

— Quando um dia você cansar desse jogo... Devolva isso pra mim.O olhar de Dora tremeu, e o distintivo dourado em sua mão parecia brilhar intensamente, como uma estrela da manhã.…Apesar da vitória, Olívia e Charles estavam exaustos. A tensão acumulada nos últimos dias finalmente havia se dissipado, mas o cansaço físico e mental os dominava. Tudo o que queriam naquele momento era voltar para casa, deitar juntos e dormir até perderem a noção do tempo.No entanto, assim que entraram no carro, o celular de Charles começou a tocar.Olívia lançou um olhar rápido para a tela e viu o nome de Benjamin. Seu coração apertou instantaneamente.— Chad, atenda logo. Pode ser algo com a Samara!Charles franziu as sobrancelhas enquanto atendia.— Benjamin, o que houve?— Chad, você está com a Vivia, não está? — A voz de Benjamin era urgente, rouca, carregada de desespero. — Vocês podem vir até a minha casa agora? A Samara... Ela está chorando muito por causa da Tânia. Eu não consigo acalmá-la de jeit

Stéphanie, ao observar o olhar de Benjamin, vermelho e tomado por uma dor dilacerante, sentiu o coração apertar.No fundo, ela nunca havia concordado com as atitudes dele. Para alguém tão frágil como Samara, aquilo era cruel demais.Mas a verdade era que a sentença de morte de Tânia não poderia ser escondida para sempre. Mais cedo ou mais tarde, Samara acabaria sabendo. E Stéphanie acreditava que era melhor lidar com isso de uma vez, como arrancar um curativo de uma ferida. Antes uma dor rápida do que uma prolongada.Ainda assim, ela havia subestimado tanto o controle que Benjamin achava ter sobre Samara quanto a força explosiva que a garota, aparentemente dócil e delicada, demonstrava durante seus surtos.— Stéphanie, leve Samara para o quarto. Deixe-a descansar. — Charles pediu, lançando um olhar preocupado para Benjamin. — Benjamin, você também não está bem. É melhor deixar Stéphanie cuidar dela por enquanto.Stéphanie se aproximou com cuidado. Pegou Samara dos braços de Benjamin co