— E daí? — Benjamin respondeu.
Samara ficou completamente atônita, encarando Benjamin com os olhos arregalados e vermelhos, como se fossem se rasgar a qualquer momento.
Benjamin percebeu sua própria falha imediatamente. Suas mãos tremeram, paralisadas no ar, sem saber o que fazer. Ele tentou se corrigir, mas sua voz soou desesperada e confusa:
— Samara... Eu errei. Não foi isso que quis dizer... Não foi isso...
Ele tinha se esquecido, por um momento, de que, por mais imperdoáveis que fossem os crimes de Tânia, ela ainda era a mãe de Samara.
Benjamin sempre foi conhecido por ser frio e implacável. Ele era capaz de cortar laços e descartar coisas que a maioria das pessoas considerava preciosas. Ele acreditava que o que ele conseguia suportar, os outros também deveriam ser capazes de aguentar, mesmo que com dor.
De repente, Samara gritou. Sua voz carregava uma dor tão profunda que ele mal a reconheceu. Aproveitando o momento em que ele hesitou, ela o empurrou com força e fugiu em direção