Lina Já perdi a noção do tempo trancada nesse quarto imundo. O cheiro de mofo, a dor constante no corpo e o terror psicológico me dizem que talvez eu nunca mais volte a ver a luz do sol. No primeiro dia, achei que ele fosse me matar. Diego não teve piedade. A tortura foi física e mental. Eu gritei, lutei, arranhei seu rosto. Em resposta, vieram os t***s, os socos. Minha boca sangrou, meu olho inchou, e cada marca no meu corpo conta um pedaço do pesadelo que vivo. Mas nada, absolutamente nada, se compara à dor de ver meu filho sofrer. Willy. Meu pequeno Willy. Ele sente minha dor, mas não entende completamente. Chora, me chama quando o tiram de mim, implora por Rodrigo, por Brianna... E eu tenho que pedir que ele se cale. Que esconda até mesmo o amor que sente pelo homem que considera pai. Eu digo que é para o nosso bem. E, com a maturidade silenciosa de uma criança machucada, ele obedece. Fica nos cantos, quieto, olhando para o nada. Ele já teve febre de tanto chorar. E isso me
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