Rodrigo
— Irmão, eu tô indo embora. Não vou ficar no mesmo ambiente daquela mulher. Já falei pra ela sumir da minha vida, mas parece que não entra na cabeça dela. Então o único jeito é sair. Até amanhã.
Deixei o bar sem olhar pra trás.
No hotel, encontrei o celular completamente descarregado.
— Droga! — murmurei, passando a mão no rosto. — A Lina vai me matar…
Ela odeia quando fico incomunicável. Já consigo ouvir sua voz brava, seu olhar fulminante… Mas amanhã de manhã vou compensar. Vou beijar minha mulher até ela esquecer que ficou chateada. Estou contando os minutos pra sentir seu cheiro, abraçar meu pequeno Willy e dormir com a cabeça no colo da minha mulher.
Mal posso esperar pra voltar.
Finalmente, o dia da volta chegou. Entrei no avião com o coração acelerado e um sorriso no rosto. Assim que liguei o celular, levei um susto: dezessete chamadas perdidas da minha irmã.
— Que porra é essa?
Tentei ligar de volta imediatamente, mas a porta da aeronave se fechou, e a comissár