Capítulo 2

Jorge

—Valéria, você é só mais uma aventura. Você sabia desde o início.- Se não quiser entender, eu não farei mais nada por ti. — a insistência dessa mulher só me fazia perder meu tempo.

— Você não pode fazer isso comigo amor, sabe que eu te amo e nunca aceitarei te ver com outra que não seja eu. — Dá de ombros, me observando a vestir. 

Valéria é uma mulher extremamente boa em tudo que faz, tanto na cama como secretária. Seu corpo e suas seduções podem fazer qualquer homem cair aos seus pés por querer possuí-la.

— Querendo você ou não, vais ter de aceitar isso Valéria. Não sou homem de uma mulher, muito menos de ser domado e comandado por uma. — Deixo claro me sentando na cama macia do hotel. 

— Não, se não será meu, então não será de mais ninguém. Está me ouvindo? — aponta o dedo para mim, brava. — Eu serei a sua sombra, farei com que se divorcie de sua esposa se assim eu o desejar. — Rapidamente pega no seu celular, e poucos segundos me mostra nossas fotos e vídeos transando, em lugares aleatórios, um mais gostoso que o outro.

— Não me ameace Valéria, você não sabe do que sou capaz. — Eu sabia que isso não passava de uma mera ameaça dela. Ela sabe perfeitamente que é ela quem irá perder mais com tudo isso. Ao contrário dela, eu não a amo, só quero e gosto imensamente mergulhar em seu corpo e ser seu escravo no momento de prazer.

— E nem você sabe do que sou capaz, então se cuida seu pegador estupidamente lindo e safado. — Ela sorri saindo do quarto e do hotel.

Pouco depois, Saio do hotel discretamente, vou até o estacionamento, tiro as chaves do meu bolso traseiro,  abro a porta do carro e entro, encontrando a Valéria deitada de langerie no banco de trás do carro. Dou um sorriso malicioso, aquele corpo sabe como me satisfazer. Vou pro banco de trás do carro na intenção de pegá-la de jeito.

— Gostosa.- Ela me beija com fogo.

— Gostosa pro Caralho. É isso que você deseja né? Só vai me ter quando você quiser. — Enfia sua mão em minhas calças e acaricia minhas santas bolas, me fazendo soltar um longo e abafado gemido.. —  Eu quero que você me assuma pro México inteiro Jorge. — Após isso, Sai do carro me deixando na vontade. —Quando decidir me assumir, me procura que estarei pronta pra você. E se continuar com essa porrah de decisão que tomou a alguns minutos, o meu aviso ainda estará de pé meu amor.- ela grita da janela do seu carro.

— Filha da put*. - penso alto. — Quem ela pensa que é? Ninguém deixa um Torresblanco na vontade. Ligo o carro e dirijo com pressa, essa p**a é gostosa pra caralho, ela foi a melhor até agora.

Giro a esquina.

— Caramba!! Quando foi que choveu? Para estar com tanta água nessa estrada? — Não me importo, acelero ainda mais o carro. Quando percebo que joguei água suja numa mulher, olho pelo retrovisor, vejo que ela está gritando de raiva por não ter parado. Eu estava estressado demais para parar para ouvir mais. 

[...]

Quando avisto minha casa, respiro fundo e entro com o carro, vou até a garagem estacionar o carro e adentro a casa.

— Olá Baby.— Ouço a voz da minha esposa irritante..

Me viro para olhar, a vejo deitada na nossa cama, um tanto que sexy. Eu não estava pensando direito no que estava fazendo. Vou até ela e a beijo, imaginando estar beijando outra pessoa.

Stephie é uma mulher inteligente, muito atraente por sinal. Pra muitos homens ela seria um troféu. Pra mim, ela é como se fosse mais uma aventura fixa, uma aventura que não posso abandonar por motivos óbvios.

A noite passou lentamente, com isso, so pude dormir apenas de madrugada. 

...

(Martina)

Acordo com raios solares queimando minha pele de leve. Levanto e vou até a casa de mechi, minha melhor amiga.  Eu não quis incomodar ela ontem a noite e muito menos encher ela de preocupação. 

— Amiga, você está aí?— Bato em sua porta insistentemente. 

—  Espera aí Tina. Tô indo.— Mechi tinha o hábito de sempre manter a porta trancada. 

— To quase desmaiando aqui e você me fazendo esperar tanto tempo assim. — Me sento no degrau em que estava parada. 

— Tina. Entra! Está tudo bem? — indaga preocupada, parada, segurando sua porta, enquanto me olhava entrando. 

— Não. Mas vai ficar tudo bem. — respondo abrindo sua geladeira.

— Não me parece. Vem, me conta o que se passa. Senta aqui! — Praticamente me puxa para a sala, onde seu café da manhã já estava pronto. 

— A dona Morgana me expulsou de sua casa e levou suas chaves. — Suspiro desanimada. 

— Espera. Me conta isso direito. Não estou entendendo nada. — Mechi me entregada uma xícara de chá e se senta do meu lado.

— Estou a meses que não pago o aluguel da casa, e ir mais que eu procurasse emprego, não tenho nenhuma sorte com isso. Ontem procurei por emprego mais do que já procurei. A única coisa que recebi foi, não estamos contratando.  Quando voltei para casa, eu havia me esquecido que a casa não me pertencia  mais, e eu simplesmente, me perdi nos meus pensamentos, quando a Dona Morgana ameaçou chamar a polícia.  Assim que eu ouvi ela chamando a polícia, sai correndo pelas ruas e acabei passando a noite em um dos bancos da pracinha. 

— Tá me dizendo que você preferiu passar a noite no meio da rua ao invés de vir pra cá? — Seu olhar decepcionado só me fez me sentir ainda mal.

— Eu não tinha cabeça para pensar em mais nada. Hoje quando acordei, você me veio a cabeça e vim parar aqui. Me perdoa amiga, mas é muita coisa para digerir num só dia. 

— Tudo bem. Eu entendo, mas essas coisas não são para enfrentar sozinha, você precisa dividir. Você sabe que te tenho como uma irmã. 

— Eu sei, me desculpa mesmo por isso. Eu só queria resolver isso sozinha. 

— Ainda que queira isso, você não pode fazer isso sem avisar Tina. E se tivesse acontecido algo com você? Me diz? O que eu faria? — Seu semblante preocupado me fez cair na real. 

— Não briga comigo mana. Por favor. 

— Tudo bem. Eu tô indo trabalhar e de lá vou ver se não terá como te enquadrar. 

— Tá ok. Enquanto isso, vou ver se encontro algo para trabalhar.

— Tá ok. Mas não se desespere por favor. — Mechi pega sua bolsa, me dá uma última olhada, segura na maçaneta, abre a porta e sai. 

Isso era o de menos ter que me preocupar, só precisava de um emprego e recuperar as minhas coisas de novo para que as coisas voltem a normalidade novamente. 

                        

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