O meu Chefe Sedutor
O meu Chefe Sedutor
Por: Autora—M&I
Capítulo 1

Martina

- Tina, você está aí ?-a dona da casa do aluguel b**e na porta pelo atraso do pagamento novamente e eu engulo em seco antes de responder.

Fazia um tempo que eu estava esperando por esse momento, apesar de ensaiar várias vezes o que fazer ou como agir, eu agora não me sentia pronta para o que estava por vir. 

— Já vou dona Morgana. — Abro a porta e vejo a expressão facial farta de tanto esperar não só pelo dinheiro mas também pela minha demora em atendê-la. 

— Preciso do meu dinheiro hoje mesmo, já não posso esperar mais, o meu marido está doente e eu não tenho como pagar o hospital. Já lhe dei muitos meses e ainda assim, nada.  Quero que coloque seus pés pra fora da minha casa. — Ela revira os olhos e me olha confusa. 

— Por favor. Dona Morgana, por favor, dê-me mais alguns dias pra poder pagar o aluguel. — Imploro, e imploro várias vezes, porém sua expressão não me parecia mudar por na da nesse Mundo. 

Apesar de alguns vizinhos estarem por perto e intercedendo por mim, seu semblante não mostrava nada, além da irritação.

— Parem com isso vocês também. — Sua voz era tão viva e ameaçadora que fez com que os vizinhos saíssem imediatamente das suas portas para suas casas.

— Não mocinha, você já me fez de palhaça uma vez, não me fará outra vez. Agora me dê suas chaves e vá procurar algum lugar para passar a noite. 

— Isso só pode ser um sonho. — Falo para mim mesma não acreditando em nada do que se está passando. 

— Podes crer que não. — Me beslica e eu apenas a olho, segurando a dor e a vontade de jogar em sua cara quantas vezes eu e meus pais a ajudamos para agora me jogar na rua assim sem antecedência. 

— Não vou lhe implorar mais. Assim que eu conseguir resolver tudo, irei pagar toda a dívida. — Minha língua conseguiu me trair por orgulho, me deixando no desespero. Não era a intenção dizer aquilo tudo, mas o nervoso e a raiva me dominaram por completo. 

Depois disso dona morgana foi-se embora me deixando aí, no desespero total. A porta ainda estava aberta, por isso ainda tinha acesso a casa e as coisas dentro dela. O que faço de biscates, só dá para comprar umas migalhas de comida. Eu precisava sair e encontrar um emprego urgentemente. Mas como? E se eu não encontrar? Provavelmente, não me restará mais nada que me jogar nas ruas e deixar que a sorte me encontre.  Eu me sinto tão desbotada que cada dia que passa, sinto que vou me entregar a uma vida fácil e me deixar levar pelo mundo. Todos os ideais e toda a educação e respeito que me foi dado antes, está apenas começando a se dissipar. 

Passados alguns minutos vou-me banhar, um banho não tanto demorado por causa da água.Uso uma calça jeans azul escuro,uma blusa tomara que caia e um 

tênis Vans, pra terminar, me maqueio com um labial rosa e um rímel só pra realçar os olhos, e pro meu cabelo faço um coque frouxo com rulinhos, pego na minha bolsa e ponho todos acessórios necessários e o pouco de minhas reservas.

Saio a procura de emprego em lugares diferentes, tanto nos hotéis, como nas lanchonetes. Após muita procura, decido parar e me focar em todos lugares.

— Senhora eu queria saber se não há como me enquadrar nesse lista dos pré-selecionados. Eu ficaria muito grata. — A empresa de doces estava contratando e a senhora que estava recebendo os documentos, estava apenas selecionando os das pessoas que estavam conversando com ela.

— Sério que acha que tudo isso é de graça? — Seus olhos se viram pra mim e seus lábios abrem um sorriso malvado. 

— Eu posso simplesmente ir até seu chefe e contar o que tá fazendo se não colocar os meus documentos nos pré–seleccionados também. — Rebato, tentando parecer corajosa ameaçando a mesma sem nenhum pingo de vergonha. 

— Vê se toma vergonha na cara menina. Eu sou minha chefe aqui, então experimente fazer isso e verá o que te acontecerá. Então não me venha com ladainhas. Acho que você não será muito útil aqui não. — Estende seus olhos no meu corpo fino. 

Eu devia até estar com vergonha na cara por conta do vexame que acabei de passar. O dia definitivamente está indo de mal para pior. Continuei rodando a cidade, pedindo emprego ainda, porém todos me diziam a mesma coisa "volte noutro dia ou te informaremos se precisarmos de alguém", até mesmo fui procurar emprego como uma babysitter, mas não deu em nada, os filhos daquela senhora são uns monstrinhos, todo esse percurso fui andando num pé e voltando noutro, não posso me dar ao luxo de ir no ônibus se nem sequer tenho dinheiro pra comprar um lanchinho.

— Por hoje chega. As pessoas já estão fechando e eu preciso descansar não só o corpo mas a mente também. — Me dou o comando e assim o faço.

Pego o caminho de volta para casa cansada e sem sucesso, meus pés estavam me matando, o sapato era apertado e o imenso calor que estava fazendo, estava me deixando sem energias para voltar para casa, usando mesmo atalho de sempre, o quê por alguma razão acabou sendo o menos inconveniente pra mim. Ainda caminhando um carro Malditamente veloz passa do meu lado me jogando água e para piorar, o tipo que estava dentro não parou nem para pedir desculpas. Assim que chego em casa, me lanço no sofá que já está bem desgastado, me perdendo em meus pensamentos.  "Ah que sorte a minha essa".- ironiso pensando nesse dia em já estava completa para mim. 

— Ah, mas ele vai me pagar, eu consegui devorar a placa e seja ele ou ela, não vai escapar de mim, assim que o vir novamente.

— Quem está aí? — A voz de dona Morgana se espalha por todo meu corpo, fazendo o mesmo se arrepiar. Não respondo nada, então, apenas pego o necessário e coloco na minha pequena mochila azul. — Eu vou chamar a polícia. 

Pude ver sua silhueta na porta, estava escuro e eu não precisava mais de problemas. As coisas estavam indo longe demais. 

Saio pela janela do meu quarto, bem quer dizer, do meu antigo quarto sem fazer muito barulho e corro até onde meu corpo pedia para parar de tanto cansaço. As ruas estavam desertas, uma e outra pessoa passavam de vez enquando com passos apressados. Eu estava com medo e o fato de pensar que eu passaria a noite fora, me deixou ainda assustada. 

Procurei por um lugar que me parecesse um pouco tranquilo, assim que eu ia me deitar, me assusto com a voz grossa saindo por detrás de mim.

— Esse é o meu cantinho. Saia daqui. 

Sem exitar, sai correndo e fui até uma praça próxima e me deitei nela.

— Amanhã será um novo dia! — bocejo finalmente com sono e durmo.

Não se esqueça de deixar gosto de você achou interessante.(•ө•)♡

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