Ele ainda me ama?

Rana sai apressadamente do restaurante, e antes que Tiago possa segui-la ela já está dentro de um taxi voltando para casa de Jasmim. “Por que eu fiz isso?”

—A dama vai para onde? —O taxista pergunta.

 9º arrondissement.

“Onde estava com a cabeça quando voltei convida-lo para jantar?” —Mesmo Rana tentando negar seu amor para sim mesma, no fundo do seu coração gelado, ainda a uma chama que a mantem viva.  

Logo Rana já está entrando para dentro da casa de Jasmim. “Tomara que ela já tenha ido dormir.”

—Lua ainda bem que você voltou, me desculpe por ter lhe pressionado daquela forma. Foi errado da minha parte sei que não tinha esse direito.

— Jas, que susto! E obrigada, não precisava ficar me esperando. Está tudo bem, só precisava tomar um ar.

—Não Rana, eu realmente me sinto mal por ter feito você ter que sair correndo.

“Realmente eu sai correndo.”

—Eu sei que sente, e se for para se sentir menos culpada aqui vai. Jas você tem razão seu primo ainda me ama, e estou começando a sentir algo que pensei que nunca mais iria sentir.

—Como assim? —Jasmim a olha sem entender nada. 

—Não vem com sermão aquele eu te avisei. 

—Não vou dizer isso, só quero saber como tudo isso aconteceu? Você saiu daqui dizendo que não sentia mais nada por ele.

—Bem... —Ela se senta ao lado de Jasmim no sofá.  —Quando sai daqui não sabia para onde ir, pegue um taxi e adivinha?

—Não! O Tiago era seu motorista.

—Exatamente, eu perguntei porque ele faz isso. Mas, só disse faz isso quando não tem nada para fazer.

—Quer saber a verdade, ele faz isso desde que terminaram quando quer ligar para você pega o carro e sai fazer bico. 

“Não acredito que ele ainda pensa em mim.”

—E ele faz isso com frequência?

—No início ele fazia quase todos os dias, depois virou três vezes na semana, então um belo dia depois de 1 ano e meio virou menos de 1 vez na semana. Mas, acredito que a sua chegada o abalou. Agora pode contar logo como sabe que ele realmente te ama?

—Ele me levou até Frenchie to go.

— O lugar onde se beijaram pela primeira vez?

—Sim, o Tiago me deixou lá, entretanto não consegui parar de pensar nele. Por sua culpa.

—Minha culpa?

— Sim, você só falava em como ele ainda me amava e sei lá quando percebe já havia voltado perguntado se queria jantar comigo.

—Rana! Você não fez isso. —Jasmim a encara preocupada.

—Fiz, ele aceitou e jantamos. Eu só queria colocar um ponto final no passado, e tentar sermos amigos, mas juro que não sabia que iria se declarar para mim.

—Não sabia?

—Não.

—Eu falei que ele ainda lhe ama.

—Pensei que fosse coisa da sua cabeça.

—O que você fez? Você aceitou o amor do meu primo?

“Se eu pudesse talvez tivesse aceitado, talvez.”

—Claro que não.

—Rana eu sei que vai negar que ainda o ama, mas não adianta eu vejo o brilho nos seus olhos quando fala dele.

—Bua, bua. —Benjamim chora.

—O Ben está chorando preciso vê-lo, só pensa nisso. Se acha que não ama mais o meu primo, não é verdade. Pois, o verdadeiro amor não acaba, nem deixa de existir. Ele só deixa de ser cultivado, como uma planta que não é regado. Se resolver rega-lo ele irá florescer novamente, independente do tempo que passe. —Jasmim sai e a deixa sozinha.

“Será que a Jas está certa? Será que o nosso amor ainda existe depois de tanto tempo? Não posso pensar nisso agora, preciso descansar.” —Rana sobe para o seu quarto, e do mesmo jeito que chegou ela dorme profundamente.

Quando o sol acaba de nascer Rana já se levantou e se arrumou com um vestido JJsHouse Corte A com decote V vermelho, e uma sandália Arezzo rasteira rosa Blush, para apreciar a linda manhã que faz em Paris. “O que será que o dia me espera hoje? Acredito que a Jas agora já acordou.”

Ela desce as escadas e os encontra sentados à mesa tomando um maravilhoso café da manhã bem típico de Paris, com pão baguete, manteiga, geleia de frutas,

croissants, brioches e café.

—Lua você acordou cedo, fizemos muito barulho? —Jasmim pergunta.

—Claro que fizemos. Eu falei para a Jas falar mais baixo e não ligar a lava louça, porém, você acha que ela me escuta?

—Calma vocês dois, eu já estava acordada. Não consegui dormi muito hoje.

—Bem, então venha tomar café. —Téo a entrega uma xícara.

—Todos os dias vocês tomam café assim?

—Assim como? —Téo pergunta.

—Parecendo um café de hotel.

—Quando se mora com um padeiro e uma confeiteira da nisso. —Téo ri.

—Estamos tentando mudar esse habito, pois já engordei 5 kg desde que vim morar aqui.

—Comigo não seria diferente. —Ela ri enquanto se junta a eles.

—Lua o que você vai fazer hoje?

—Acho que vou sair por aí sem rumo. —Rana ri. —Quer ir junto?

—Adoraria, mas infelizmente não posso. Tenho que ir trabalhar, a Cristais está cheia de encomendas.

—Então vou sair sem rumo sozinha. 

—Eu posso te encontrar às 16:30 em algum lugar, o que me diz?

—Pode ser, eu estarei lhe esperando no Jardim do Luxembourg.

—Combinado.

Mais tarde Rana já está passeando pelas maravilhosas ruas de Paris, indo para a Ponte dos cadeados. “Me lembro como se fosse ontem. Será que ainda encontro nosso cadeado? Já faz 3 anos que não venho mais aqui.”

Rana começa a procurar seu cadeado. “Se não me engano ele ficava por aqui. “

Quando ela vai se abaixar b**e de frente com um homem. —Aí.

—Me desculpe deixe lhe ajudar. —Ele estende a mão.

—Você? —Rana o encara se levantando. —Você está me seguindo?

—Claro que não, se esqueceu que dia é hoje?

—Como iria se esquecer?

Dez de novembro de 2012, ponte do amor.

—Sei que vai parecer estranho, mas podemos colocar um cadeado também? —Rana fala olhando o maravilhoso rio sena. 

 —Você quer colocar um cadeado?

—Se não quiser tudo bem, sei que estamos namorando faz pouco tempo.

— Não é isso, eu quero. Só não pensei que gostasse desse tipo de coisa.

—Você acha que eu não gosto de romantismo, não é?

—Vamos colocar logo esse cadeado. —Tiago fala enquanto pega um cadeado do bolço.

—Espera você já tem um cadeado, como assim?

—Eu sou mais romântico que você.

—Realmente.

“E eu amo isso.”

Os dois juntos colocam o cadeado na ponte. —Duvido alguns anos depois acharmos nosso cadeado em meio a todos os outros. —Rana fala fechando o cadeado.    

—Isso é um desafio?

—Não, talvez.

  

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