Capitulo 04

Fernando Cortez

O cheiro forte de café que senti ao estacionar meu carro em frente á minha casa, era maravilhoso. Eu já sabia que tinha a visita da minha mãe. Às vezes pensava que a velha adivinhava quando eu voltaria para casa. Dona Marcela sempre vinha uma vez por semana para avaliar como estava a minha casa e me dar puxões de orelhas por ser um bagunceiro desorganizado. 

Dei um sorriso de lado ao lembrar-me de seus sermões. Abri a porta do meu carro o fechando em seguida, coloquei a chave na fechadura e quando entrei, deixei minha mochila em cima do sofá seguindo em direção a cozinha.

Como previsto, lá estava a dona Marcela, alegre e cantarolando uma de suas músicas antigas. Me recostei na parede a observando, ela se abaixava para retirar um bolo do forno. O cheiro familiar é irreconhecível, o meu favorito.

Incrível que mesmo já sendo um homem de barba feita, minha mãe ainda gostava de me mimar como se eu fosse um garotinho de 5 anos. Continuei a olhando desenformar o bolo de cenoura e em seguida passar a calda de chocolate. 

Assim que ela percebeu minha presença, sorriu e comentou:

— Ah, meu querido! Pensei que sairia amanhã, já estava te deixando um mimo.

Ela se aproximou e me abraçou, enquanto eu depositava um beijo em sua cabeça. Em seguida comentei, olhando para o bolo:

— Obrigado, mulher da minha vida. Já posso comer ou tem que esperar esfriar?

 — Ainda está quente! Por que você não vai tomar um banho, meu filho? Assim, quando vier já estará frio, bolo quente dá dor de barriga. — ela disse como sempre e do jeito dela.

Apenas sorri e disse, seguindo para o meu quarto:

— Está bem, já previa essa resposta. Bolo quente dá dor de barriga, é a mesma coisa de sempre!

— Fernando Cortez, me respeite! Pode está um homem feito e de barba, mas ainda te dou uma surra! 

Revirei os olhos e respondi, sorrindo:

— Estou em minha casa, só para lembrar.

— E daí? Ainda sou sua mãe! Vá logo tomar seu banho antes que eu te dê umas vassouradas, seu moleque atrevido!

Continuei meu caminho rindo até o quarto. Assim que entrei, retirei o uniforme, ficando completamente nu e segui para o banheiro, precisava tirar o cheiro daquele quartel.

 Após tomar meu banho, me olhei no espelho do banheiro e percebi que precisava aparar minha barba e assim o fiz. Quando finalmente terminei, fui até meu closet e procurei uma roupa confortável para vestir. Pendurei minha toalha e passei meu desodorante e perfume, em seguida retornei a cozinha.

Minha casa estava toda organizada e bem arrumada. Minha mãe sempre deixava tudo em ordem. Assim que entrei na cozinha, não a vi, apenas um bilhete na porta da geladeira

 “Fui fazer as compras para o jantar”

Como sempre atenciosa. Se tinha algo que eu amava demais; era a comida de minha mãe. 

Me virei e peguei uma garrafa de café, também me servi com um generoso pedaço de bolo e fui para sala. Liguei a TV para distrair-me com algum programa, após terminar de comer, deixei minha xícara e o pires na mesa de vidro e continuei assistindo um filme. 

Me aconcheguei melhor no sofá, e então, comecei a bocejar e nem percebi quando adormeci.

Notei que estava em um salão ao lado de Klaus e outros colegas de serviço. A festa parecia ser de gala porque eu e os outros homens estávamos de ternos e as mulheres de vestidos deslumbrantes e elegantes.

Olhei para a faixa em cima do salão escrito “Bem vindos de volta, vocês são nossos heróis.” Pelo que percebi, tinha a ver com alguma missão que fomos escalados. Um homem falava ao microfone e lamentava algumas perdas. Fizemos um minuto de silêncio pelos que se foram e o evento continuou normalmente.

Observei que Klaus assim como os outros homens, olhavam fascinados para além de mim.

Me virei para trás, observando a soldada Hernandes em um belo vestido vermelho com um decote, mas não muito vulgar. Seus cabelos estavam presos em um coque, deixando apenas uns fios soltos de cada lado do rosto. Não pude deixar de notar que aquela roupa valorizava seu corpo, apesar de não ser tão alta. Ela estava linda naquela noite. 

Ela então se aproximou de mim sorrindo e comentou:

— Me desculpe pela demora, tive um imprevisto no caminho.

Ela inclinou-se, me dando um selinho enquanto eu a olhava, surpreso.

— Não acha que é um pouco informal fazer isso aqui no meio das pessoas? – perguntei.

— Na verdade, não! Você pode ser meu chefe, mas aqui é meu noivo, esqueceu? 

Ela levantou mão me mostrando uma aliança de compromisso enquanto ainda a olhava sem entender. 

Então, meu amigo Klaus comentou:

— Ele está bastante esquisito hoje, Helena. Teve amnésia, meu amigo? Você enfiou essa aliança no dedo dela na frente do batalhão todo, dizendo que ela era sua e agora não se lembra? Realmente você é um sádico 

— Eu realmente não estou entendendo nada! 

Ele bateu no meu ombro e disse, rindo perto do meu ouvido:

— Não se preocupe, Helena vai te fazer lembrar quando te der aquele chá.

— Mas que chá? 

Klaus sorriu e se afastou, indo ao encontro de Luísa que lhe dei um selinho.

Realmente ainda não estava entendendo nada do que estava acontecendo ali! E desde quando Klaus estava com Luísa? E eu com Helena? Como não me lembrava de ficarmos noivos? Isso tudo era muito surreal. 

Vi Helena se aproximando novamente com uma taça de espumante e alguém pegou em seu braço. Ela se soltou bruscamente, encarando quem a segurou daquele modo. 

Andei até os dois e comentei, enraivecido não gostando da maneira que ele a segurava:

— Quer fazer o favor de soltar a minha mulher?! Não está vendo que ela não quer papo com você? 

Ele se virou, e só então percebi que aquele era o filho da puta do Garcia. Ele me encarou sorrindo e confessou:

— Calma, Cortez! Só estava dizendo à moça que ela poderia estar com algo melhor.

Não me contive. Fechei o punho lhe dando um belo de um soco e alertei, segurando a mão de Helena:

— Você não perde essa mania, não é? De querer o que é meu! Seu invejoso. Pois fique sabendo que Helena não é a Rebeca e vou te avisar; fique longe dela para o seu bem.

Todos os convidados olhavam aquela cena surpresos, enquanto viam aquele idiota se levantar e limpar seu terno.

Peguei a mão de Helena, entrando em um corredor que mal fazia deia para aonde iria, mas queria sair de perto daquele homem.

— Fernando, para onde estamos indo? Que lugar é esse? – ela perguntou.

Parei, olhando para ela ao perceber que nos encontrávamos bem longe daquelas pessoas. Me aproximei, a encurralando na parede enquanto ela me encarava com aqueles lindos olhos castanhos.

Passei a mão em seu rosto e pressionei meus dedos sobre seus lábios carnudos a fazendo gemer ao meu toque. 

Helena confessou, fechando os olhos:

— Porra, eu odeio quando você me tortura dessa maneira, sabe que eu detesto… 

Sorri ao ver a sua expressão e comentei, depositando um beijo em seu pescoço:

— Não sabia ter todo esse efeito sobre você.

— Mas você tem! E nem imagina o quanto me faz ficar molhada só de me tocar desse jeito. Não sei o que você tem hoje, Cortez, mas está estranho.

 Helena mordeu os lábios me olhando, então a carreguei em meu colo e disse, antes de beija-la:

— Nem eu, Hernandes! Mas estou louco para te beijar e estar dentro de você.

— Então me faça sua, Cortez! Só sua.

 Com aquela afirmação, selei nossos lábios em um beijo avassalador e gostoso.

Helena direcionou suas mãos para minha calça e tirou meu cinto, enquanto deslizava a minha mão para baixo do seu vestido para retirar sua calcinha. 

A carreguei contra parede e passei a mão sobre sua virilha, percebendo que ela estava molhada e confessei, sorrindo:

— Hum... Já está pronta para mim! Que delícia. 

Comecei a acariciar e introduzi dois dedos em sua vagina e ela gemeu, enquanto beijava meu pescoço.

— Ah, porra de tortura! Me fode logo, Cortez!

— Já farei isso! Mas gosto de te torturar um pouco.

Levantei mais o seu vestido e a penetrei, a ouvindo gemer baixinho por conta do prazer. Helena tinha a buceta tão apertada e gostosa, que era impossível não soltar um gemido prazeroso também enquanto a estocava.

— Ah! Você é deliciosa, minha pequena! 

— Você que é delicioso, meu general gostoso. — ela sussurrou no meu ouvido.

Estávamos tão entregues ao momento que mal nos importamos de sermos pegos no flagra, e eu também não me importava, desde que estivesse dentro dela ou com ela.

E foi nesse momento que me acordei assustado e completamente suado ao perceber que estava na sala da minha casa. Mas que porra de sonho foi esse? E com a Hernandes? Realmente eu estava precisando de uma mulher, já estava começando a fantasiar com a minha subordinada, isso era muita loucura mesmo.

Percebi então que seria difícil olha-la e não me lembrar daquele sonho muito quente.

Me levantei e percebi que meu pau estava duro feito ferro. Suspirei, e soube que precisava tomar um banho frio. Isso deveria resolver.

Leia este capítulo gratuitamente no aplicativo >

Capítulos relacionados

Último capítulo