Capítulo 3

O dragão ainda mantinha seus olhos em mim, quando começou a decer lentamente.

Os soldados começaram a tentar atacar a fera, mas com apenas um abrir de boca dela, eles foram jogados lonje.

Incrível era a única coisa que eu consegui pensar.

Quando pousou, todos sentimos o chão tremer.

Ele deu um enorme rugido e se endireitou começando a caminhar.

Seu corpo repleto de escamas de fogo se aproximou e parou em minha frente.

Fechei meus olhos esperando virar aperitivo de dragão, mas só senti um vento em meu rosto.

Os abri e vi que ele me encarava de uma forma estranha.

Dragão: Cavaleira!

Escutei uma voz na minha cabeça e dei um pequeno pulo assustada.

Olhei para o dragão de olhos arregalados.

Eu: Você falou comigo - falei assustada.

Dragão: Mas é claro que falei, tenho te esperado por muito tempo.

Eu: Você é o companheiro que o livro falava - disse ligando os pontos.

Dragão: Sim e você é minha cavaleira, a única digna o suficiente para comandar a guerra que está por vir.

Falou e encostou a cabeça em meu corpo.

Levantei a mão e fiz carinho em suas escamas.

Escutei as pessoas começarem a gritar e me virei.

Elas apontavam para mim e falavam  a palavra bruxa.

Levantei a cabeça preocupada e fui em direção a meus pais.

Eu: Vocês estão bem? - perguntei.

Eles responderam que sim e me abraçaram.

Quando nos separamos os guardas começaram a andar em minha direção.

Eles pegaram meus braços e começaram a apertar.

Guarda1: E pensar que um dia pensei em me casar com você....sua bruxa - falou guspindo em meus pés.

Tentei inutilmente me soltar dos apertos e bufei quando não consegui.

Guarda2: Preparem a fogueira - gritou me fazendo temer.

Escutei um urro do dragão e imediatamente me senti protegida.

Ele abriu a enorme boca e mostrou os dentes aos guardas.

Me soltei deles  e corri até estar debaixo do corpo do dragão.

Os guardas levantaram suas espadas e correram em direção a ele, dando um grito de guerra.

Corri novamente para perto de meus pais e vi todos que tentaram chegar perto do dragão, serem jogados lonje.

Vi um soldado no meio da multidão lançar uma lança em minha direção e arregalei os olhos.

Opa, quero morrer ainda não.

Me abeixei junto a meus pais e vi a lança passar direto.

Tá na hora de tomar uma decisão.

Levantei com a cabeça erguida e olhei para todos sorrindo.

Eu: Prestem atenção - falei atraindo a atenção desejada - se encostarem uma mão em mim ou nesse dragão, vão se arrepender amargamente - gritei apontando para o enorme dragão que me olhava.

Escutei varias pessoas comecarem a susurrar que não iriam cumprir com o que falei e apertei os olhos.

Eu: Vocês sabem que quando eu falo alguma coisa eu cumpro - falei brava.

As pessoas se calaram e me olharam com nojo.

Dragão: Terá que tomar bastante cuidado a partir de agora.

Esses humanos vão tentar alguma coisa.

Falou me fazendo concordar com a cabeça.

Eu: Qual seu nome? - perguntei acariciando sua pata.

Dragão: Shadow cavaleira.

Falou e fazendo sorrir.

Eu: Porque me chama de cavaleira? - peeguntei novamente.

Shadow: Porque é isso que você é!

Falou revirando os olhos e bufando.

Shadow: A séculos atrás cavaleiros e dragões, conviviam em harmonia. Com a chegada de um homem, ao qual queria a todo custo ser cavaleiro de dragão, os dragões começaram a sumir.

Este homem passou décadas caçando dragões para comandar.

Agora ele está de volta, porque soube que os dragões sempre estiveram escondidos.

Explicou me fazendo ficar de boca aberta.

Eu: E o que temos com isso? - perguntei começando a entender a situação.

Shadow: Nós somos destinados a acabar com esse homem. O que não será fácil, pois ele tem soldados a seu lado.

Eu: Onde você vai ficar, aqui na vila não tem espaço para você - falei mudando de assunto.

Shadow: Não se preocupe, agora eu posso passar por cima do muro.

Eu: Antes não podia? - perguntei me afastando um pouco.

Shadow: Não, havia uma forte magia que me impedia de passar. Agora que achei você, ambos estamos mais fortes.

Com essa força é possível passar a magia que no muro.

Acenti com a cabeça e olhei para meus pais, que me olhavam pacientes.

Eu: Acho melhor ir agora - falei - quando irei te ver novamente? - perguntei.

Shadow: Em breve cavaleira, em breve.

Falou e começou a voar.

Ele soltou um último urro e partiu por cima do muro.

Andei entre as pessoas até chegar em minha casa e me virei para meus pais.

Eu: Não vão perguntar nada? - disse olhando ambos.

Pai: Não, isso é uma questão sua - falou beijando minha testa, me fazendo sorrir.

Mãe: Sabemos que vai resolver da melhor forma - falou também me dando um beijo.

Os abracei e fui para meu quarto.

Me deitei na cama e fiquei remoendo tudo o que tinha acontecido.

Então é sobre isso que o livro fala.

Falando em livro, olhei para ele e vi que está brilhando em cima da cômoda.

Corri até lá e o peguei, sentindo um pequeno arrepio pelo corpo quando o toquei.

Abri e vi que tinham mais coisas escritas. Finalmente esse livro resolveu explicar alguma coisa.

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