Um dia normal

              Arquiteta de um crime

- Vamos passar de novo: depois que a Bella estiver com as joias e nos der a deixa para entrarmos, Marco pega a Bella como refém enquanto o Demétrio pega o que puder das joias expostas, temos um minuto, Demétrio pega alguém da loja como refém de preferência mulher. Depois eu comando.

Isabella desceu. Já fazia um tempo que Demétrio, Deme, como todos costumam chamar não via Bella.

- Ficou bom assim, Teo?

- Linda, Bella, mas muito parecida com o da última, achei que fosse pintar o cabelo. Esqueci-me de falar, tirem as joias dela, mas deixem um anel original no seu dedo.

- Deus, a Bellinha cresceu!

- Sim, mas continua sendo a minha irmã, então esquece! Marco, a arma no braço dela, se disparar o estrago será pequeno.

- Pensei em ficar com ela engatilhada na cabeça, depois é mais fácil de tirar as joias, ela pode resistir.

- Claro... Sabe que não resisto para você!

- Saia para lá, vai arrumar um namorado.

Isabella saiu rindo, entrou no carro e rumou ao seu destino.

- Está me ouvindo? - Ao telefone.

- Alto e claro, irmão querido!

- Cuide-se, Bella!

Isabella entrou na joalheria escolhida e foi recebida como uma princesa, sua roupa, cabelos, joias, tudo estampava fortuna, dinheiro... Sem falar da sua beleza infantil, parecendo ter saído ontem do colegial. Então ela avistou o que procurava.

- Aquele, irá combinar com meu vestido, prata, compro um sapato verde, ficará divino... Quero vê-lo!

- Ele custa novecentos e cinquenta mil dólares...

- Eu perguntei o valor? Não me lembro de ter perguntado. Eu disse que quero vê-lo! Experimentá-lo... Se não quer meu dinheiro, tudo bem! Vou aqui ao lado...

- Não, irei pegá-lo!

Bella colocou o conjunto, olhou para o expositor. E falou a primeira senha.

- Quero um anel para combinar!

Então o anel foi providenciado, ela olhou para sua mão. E deu a segunda senha!

- Vou levar. – Terceira senha – Irei fazer em duas vezes!

Ela abriu a bolsa para pegar o cartão e eles entraram.

- No chão, todos no chão agora!

- Você vem comigo! As chaves do carro.

Marco enfiou a mão na bolsa dela pegondo-as. Então tudo saiu de acordo com combinado, o primeiro refém foi deixado na primeira quadra e Bella na segunda, Marco empurrou Bella com carro andando. “Eu sempre me machuco que saco”, pensou. Logo em seguida Deme desceu com algumas joias no bolso enquanto Marco trocava a camiseta. Marco desceu com a bolsa de Bella e algumas joias na mochila, Teo desceu e deixou o carro andando sozinho. A pobre vítima estava desesperada em prantos. Ela colocava a mão no pescoço.

- Meu pai irá me matar, mais de um milhão, o que farei?

O gerente veio consolá-la. – Calma, senhorita. Nós temos seguro... E você ficou com o anel. Olhe! – Ele pegou a mão de Isabella.

- Ai, nem percebi... Tome, mas estou falando das joias que eu estava usando!

Veio um policial com uns brincos na mão. Foram trocados na confusão sem DNA bijuteria barata. Tudo que pudesse confundir eles.

- Esses são seus brincos?

Ela olhou com cara de nojo em meio ao choro. – Isso aí? Meu? Está brincando, né? Eu, usar uma imitação barata dessas...

- Ei moça, achei sua carteira.

Ela olhou para o menininho e se abaixou, secou o rosto em um papel que o oficial de polícia havia lhe dado. Deu um beijo no rosto do menino, olhou sua carteira e estava vazia. Só com os documentos. Ela levantou e deu um meio sorriso.

- Alguém teria dinheiro para ele tomar um sorvete?

Todos os policiais e até o gerente da joalheria puxaram as carteiras, ela baixou a cabeça. Pegou o dinheiro, dando-o ao menino. Teo, veio buscar sua irmã! Desceu do seu carrão importado.

- Sua maluca, o papai já disse, compra no shopping!  Ele disse que se tiver que cancelar de novo seus cartões ele irá limitar seus gastos! Onde machucou desta vez?

Ela fez cara de choro – Só os joelhos e as mãos!

Grosseiramente ele a pegou pelo braço. – Posso levá-la, oficial?

- Espera! Se continuar tratando sua irmã assim, irei prendê-lo por agressão. Aqui seus documentos, senhorita Julien! Pode ir embora.

- Obrigada, oficial! – Disse ela com uma voz doce e o olhando de canto de olho.

- Obrigado senhor policial. Eu vou levá-la para fazer um curativo na clínica do titio! Eu estava no meio de uma negociação com os empresários da China! Você inventa coisa!

Ele entrou no carro e saíram. Dobraram a esquina!

- Maninha, você poderia ser atriz, mas acho que está no ramo certo! Isso dá mais dinheiro...

- Quanto?

- O Marco avaliou por cima, uns dois milhões e meio!

- E você não contou o anel, quatrocentos e oitenta mil...

- Eu te amo, agora desce!

- Por que descer?

- Porque eu roubei o carro!

- “Solta ele Demétrio, o carro está intacto na frente da empresa dele onde ele trabalha”.

- Vamos pegar um táxi, senhorita!

Eles chegaram em um determinado ponto, andaram um pouco e Marco os esperava para ir embora. Chegaram e foram até o cofre guardar as joias, Teo pegou o valor correspondente de cada um e os entregou.

- Aonde vai?

- Guardar o dinheiro, e a propósito pelos últimos ferimentos o anel irá ficar comigo. Depois eu vou ao banco depositar uma grana, pois estou no negativo, sabe como é ser estudante, é muito complicado!

Ela subiu e foi até seu cofre, que fica embaixo do chão do frigobar do seu quarto. Guardou o dinheiro. Se arrumou, pegou seu carrinho velho e foi até o banco, agora totalmente diferente e sem maquiagem. O comentário era o assalto da joalheria, e claro que ela tinha opinião.

- Eu acho que foi coisa interna. Lá na lanchonete que eu trabalho foi o próprio caixa que assaltou!

Todos olharam para ela com cara de: “o que você está falando, não tem dinheiro nem para cobrir o que deve no banco”. Ela saiu dali e foi para lanchonete.

- Atrasada de novo, Bella?

- Desculpa, senhor! Foi a tal confusão do assalto, o banco estava um caos...

- Tá, não quero saber, vai limpar a chapa!

- Sim, senhor!

- Precisa de dinheiro?

- Recebi a pensão do vovô hoje, aquela que estava atrasada, acho que dá até o final do mês. Obrigada.

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