Capítulo-3- Emprego Novo

Pov- Prya.

Prya- A empresa Al Amada fez o que prometeu e me ajudou levar todas as minhas coisas para o novo apartamento que me deram dentro de um grande prédio , ele ficava no centro da cidade mas ainda sempre tava quase 20 minutos de distância da empresa.

Existe apenas um quarto, com uma suíte e para falar a verdade era bem mais bonito do que o apartamento onde eu morava, a cozinha era pequena mas era muito bonita e o banheiro era bem grande, o suficiente para sobreviver.

demorei quase um dia inteiro para dobrar todas as roupas e colocar no devido lugar e parece que tudo vai ficar cansativo para mim amanhã pois vou começar a trabalhar e ainda nem faço a menor ideia se eles vão me dar uma sala ou simplesmente vou me deixar trabalhar em um cubículo junto com outras pessoas.

Olhei para fora e o dever quando a tempestade de areia já estava chegando na cidade, fechei as janelas e fiquei olhando para a tempestade até que ela chegou , é o preço para morar em uma cidade fica no meio do deserto da Arábia Saudita.

Fui até a geladeira onde peguei um pouco de suco de laranja e me sentei na sala olhando ao redor e nessas alturas do campeonato, sempre vinha até em uma lembrança dos meus pais , eu também ajudava minha mãe é lavar a roupa de algumas pessoas que eram muito mais ricas do que nós e eu era muito pobre na verdade. Meu pai nunca gostou muito de ter filho as mulheres e o meu irmão era sempre favorito e direito a tudo e eu era praticamente ignorada pelo meu pai e consegui apenas as sobras, até para comer.

minha mãe não tinha direito para falar nada mas ainda assim preferir o meu irmão e eu podia ver isso, ele seria o homem a se casar e conseguir um grande dinheiro com a sua possível noiva.

Para falar a verdade sinto pena da menina que vai ter que se casar com meu irmão , ele não passa de um cara machista que acha que as mulheres servem apenas para trabalhar em casa eu me lembro muito bem de quando ele falava para o meu pai que eu não podia falar nada porque sempre estaria errada.

Hakim Karam, esse é o nome do meu irmão e para falar a verdade ele é um homem muito bonito, mas fiquei sabendo por outros que acabou ficando muito rico e abandonando a família deixando o meu pai e a minha mãe na lama.

O problema é que meu pai ainda assim me repudia eu não posso nem matar a saudade da minha mãe , mas eu não acredito que ela esteja com saudade de mim depois do que aconteceu então eu prefiro esquecer.

É simples, o amor das pessoas ocorrem de acordo com os seus interesses, meu pai me amava até eu me negar a casar com o seu melhor amigo e minha mãe me amava, de acordo com o que eu podia fazer por ela e o meu irmão , ele nunca me amou desde o início.

eu não me dou bem com meu irmão e para falar a verdade prefiro que continue assim , então a única coisa que estava acontecendo comigo quando eu estava pensando nisso respirando fundo indo para o quarto onde deitei na cama e passando a coberta pelas minhas pernas.

Tudo vai ficar bem pela manhã, pelo menos era assim que eu queria acreditar , mas a maldade do mundo é muito grande e eu não tenho que ficar contando aquilo que você já sabem.

Quebra De Tempo.

Acordei na manhã seguinte com a luz do Sol entrando pela janela,espreguicei o meu corpo e logo em seguida me levantei da cama indo para o banheiro ontem tomei um banho e escovei meus dentes, lavei os meus cabelos e logo em seguida quando saí passei uma escova para que ele pudesse ficar baixo.

Coloquei uma calça jeans e botas de couro, por cima passei apenas uma camiseta o seriado sobrenatural, depois peguei meu celular colocando no bolso de trás da minha calça e aproveitei para pegar também a chave do meu carro, quando sair pelos corredores de madeira acabei olhando para os lados não ouvindo barulho algum.

Quando eu cheguei na parte de baixo, eu fui até o hall de entrada também não encontrando ninguém o que era bem estranho mas ainda sem sair para lá de fora onde eu entrei dentro do meu carro, eu saí daquele lugar a pressão do passo para chegar na empresa antes das 9 horas da manhã.

Quando estava andando nas ruas ainda não movimentadas de Dubai eu deixei aqui a brisa do lado de fora pudesse entrar pelos vidros da janela aberta, meus olhos marejaram por causa da tristeza de lembrar que hoje era o meu aniversário e para falar a verdade acredito que ninguém iria me dar parabéns, Alan desapareceu atrás de sua família e os meus pais não se importam comigo.

Recepcionista- Bom dia Prya - eu afirmei com a cabeça na direção da recepcionista e logo em seguida já estava entrando dentro do elevador, eu ficaria no décimo terceiro andar onde fica a parte do design gráfico e a parte da jornalística investigativa .

A única coisa ruim é que as salas eram feitas praticamente de vidro, quando as portas do elevador se abriram no andar onde eu ficaria,olhei para o lado vendo que aquele cara já estava na sala dele conversando com outros homens, um grande de cabelo comprido e o outro mais loiro e maior.

eu fingi que não estava acontecendo nada fazendo a maior cara de paisagem e entrei dentro da minha sala fechando a porta, peguei as fotos que eu tinha tirado no cemitério e comecei a projetá-las no computador, logo em seguida teria que mandar para eles pois iriam fazer o gráfico das imagens para colocar na revista.

Ainda bem que mas nenhuma revista teve que ir até aquela casa até porque eu fui a última repórter a entrar naquele lugar antes da polícia fechá-lo por causa das mortes que estavam ocorrendo ali , peguei o pen drive fazendo uma cópia e logo em seguida a guardando dentro da minha gaveta.

demorei quase meia hora para terminar e logo em seguida enviei para o computador do gerente e da minha sala , pude ouvir o computador tocar almoçando a minha mensagem e vê quando eles começaram a trabalhar porém senti um arrepio no meu corpo como se alguém estivesse me olhando, eu podia sentir o olhar dele queimar em minha direção mas ainda assim estava fingindo que nada estava acontecendo que não era comigo.

Derick- olha o que temos aqui ?- eu olhei para a porta da minha sala que foi aberta e ele estava parado ali no batente da porta de braços cruzados - parece que você tirou fotos de vários corpos? - perguntou - como você conseguiu fazer isso?

Prya- entrei em uma casa abandonada e tirei fotos - voltei a prestar atenção nos meus trabalhos no computador , eu não queria conversar com ele logo em seguida quando eu terminei as outras imagens também enviei para o computador dele - acredito que você tem trabalho suficiente para fazer em vez de ficar na porta da minha sala.

Derick- acontece que eu sou seu chefe e faço o que eu quiser - eu olhei para ele de lado e com raiva.

Prya- que eu saiba você é chefe do departamento de design gráfico desenvolvimento de imagem, e que eu saiba eu estou trabalhando departamento de fotografia e notícias, eu sou uma repórter investigativa e não estou trabalhando no seu departamento então significa que você não é o meu chefe- eu sorri de lado mas isso serviu para que ele pudesse ficar muito mais irritado do que antes.

Derick- sua vida vai se tornar um inferno - ele sorriu e logo em seguida mandou um beijo no ar na minha direção antes de sair da minha sala e me deixar sozinha ali.

Prya- Demônio - falei na sua direção e parece que ele sorriu porque gargalhou da sua sala, demorou alguns minutos para que Victoria para se entrar dentro da minha sala fazendo o bloco de notas em sua mão - bom dia.

Victoria- Bom dia Prya - sorriu - conseguimos o furo de reportagem para você em um bar na entrada da cidade, preconceito e trabalho escravo contra crianças- eu não podia evitar fazer uma careta - eu também senti nojo quando vi isso, preciso que você consiga algumas fotos .

Prya- Ok - logo em seguida ela saiu da sala , respire fundo pegando a minha câmera e pendurando no meu pescoço e o celular colocando no meu bolso.

Assim que eu me levantei da minha mesa olhei para o lado vendo que ele estava trabalhando mas ainda assim parou para olhar para mim revirei os olhos antes de sair e fechar a porta atrás de mim , quando estava caminhando até o elevador eu senti alguém puxar o meu braço e olhei para trás vendo que era ele .

Derick- você pensa que vai aonde eu sozinha? - ele me empurrou para dentro do elevador, ele tinha muita sorte que eu não podia ficar arrumando briga aqui dentro então já tinha acertado uns bons tapas na cara dele.- acredito que Bárbara não te disse - eu olhei confusa soltando meu braço- eu sou o seu novo companheiro, achou mesmo que eles iriam deixar que você pudesse ir sozinha?

Prya- você não pode ser meu companheiro, eu posso fazer o que for possível mas você não pode ser meu companheiro - falei - até porque eu sempre trabalhei sozinha.

Derick- sinto muito te decepcionar - falou apenas dando de ombros , fiquei calada até que o elevador me abriu no hall de entrada, rapidamente sair para fora da empresa fui para o outro lado da rua onde estava o meu carro, abri a porta do motorista e coloquei a chave na ignição e tudo estava bem até que ele entrou dentro do carro- já está na hora de você comprar outro carro não é?

Prya- já está na hora de você ir no seu carro em vez de ir no meu , não é?- ele deu de ombros colocando o centro e eu apenas respirei fundo passando o cinto de segurança no meu corpo antes de pisar fundo , a única coisa boa de tudo isso, era que ele acabou calando a boca na maior parte do caminho.

E assim que chegamos em frente ao bar , pude perceber que é um bar completamente para homens o que me deixou extremamente irritada, o bom era que estava fechado então eu peguei a minha câmera saindo do carro, peguei minha pulseira e pude perceber que o sensor de calor estava vazio isso significa que não tinha ninguém dentro do bar, eu tirei algumas fotos da entrada e logo em seguida vire a maçaneta.

Derick- é contra a lei entrar em um lugar sem que o dono posso saber - eu dei de ombros antes de abrir a porta do bar e entrar para dentro olhando para os lados, com toda certeza do mundo isso daqui também era como se fosse um bordel.

Tirei quantas fotos possíveis de várias garrafas de bebidas quebradas pelo chão, depois olhei para o lado vendo uma escadaria que subir para o segundo andar, estava com a câmera filmando tudo o que estava vendo e para falar a verdade era mais fácil assim pois a única coisa que eu tinha que fazer era tirar fotos das gravações.

XXX- PARA- minha alma jogou quando comecei a ouvir os gritos então aparecer com a câmera indo naquela direção.

Derick- o que você pensa que está fazendo?- ele me puxou de volta - aquelas pessoas podem estar amadas e isso significa que vamos morrer se saberem que estamos aqui.

Prya- o grito que você acabou de ouvir, é o grito de uma mulher pedindo socorro - puxei meu braço de voltae comecei a andar para o ponto onde estava ouvindo os gritos, eu baixei perto do chão com a câmera mirando para dentro onde pude ver um homem com uma cinta batendo na mulher, eu sei que para fazer o meu trabalho não poderia entrar e os meus olhos começaram a marejar quando Derick me puxou pelo braço e logo em seguida eu estava no lado de fora, ele tomou a chave das minhas mãos e me colocou sentada no banco do carona.

Derick- você só traz problemas, eu não acredito que fez isso - rapidamente saiu com o carro,fiquei calada mas ainda assim a única coisa que estava na minha cabeça era as memórias do passado quando o meu próprio pai fazia isso comigo e com a minha mãe, eu ainda tenho cicatrizes nas minhas costas da fivela do cinto do meu pai quando ele me batia, minha mãe para ajudar não me levava para o hospital e jogava sal nas minhas costas para que os ferimentos pudessem cicatrizar abertos e transformando em uma mulher completamente cheia de cicatrizes pelo corpo.

O que significa que aqui em Dubai eu não ia encontrar nenhum marido e muito menos o namorado pois eu sou deformada, então faça de tudo para continuar girando a minha vida em torno do trabalho e faço de tudo para esquecer o que aconteceu no passado- Garota , você está surda?- ele falou mais alto me tirando do meu Devanir e isso fez com que pudesse olhar para ele - o que foi que você viu lá dentro?

Prya- eu vi aquilo que não deveria acontecer , aquilo que só vocês homens são cruéis o suficiente para fazer com uma mulher - ele me olhou confuso mas aquilo serviu apenas para que pudesse calar a boca. eu fiquei feliz quando chegamos na empresa pois peguei a chave do meu carro e rapidamente fui até a minha sala.

Estava sendo difícil engolir o que tinha visto e principalmente a lembrar do que aconteceu comigo no passado, eu engoli o choro e comecei a separar as fotos que tinha tiradas , fiz tudo que deveria fazer para as imagens de logo em seguida mandei para o setor de design gráfico, como se escrever o que tinha visto lá dentro e a crueldade do que aconteceu.

eu escrevo também sobre a maldade que acontecia diariamente nas casas das famílias mais pobres e principalmente sobre as agressões dos pais para com as filhas mulheres e tudo isso por causa do dinheiro.

Logo em seguida mandei para outro setor colocar na revista então já tinha terminado meu trabalho mas ainda assim não era o momento de ir embora, tem certeza absoluta de que muitas coisas vão acontecer isso se eu tiver sorte, ou então eu não vou dormir bem durante essa noite.

Eu podia ouvir os gritos do meu choro quando criança, os medos que eu tinha quando meu pai chegar em casa e principalmente a raiva que eu sentia pela minha mãe não fazer nada por mim e principalmente por ela não me defender quando mais precisei.- parece que estou sozinha no mundo desde o meu nascimento, só não fui inteligente suficiente para ter enxergado isso antes....

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