Rebeldia

Joana, era uma menina tímida, vivia com seus pais, contribuía com as despesas familiares, tão corriqueiras, já iria fazer seus vinte e seis anos, muito tempo, a espera de um amor, que a fizesse, sair daquele círculo familiar, década de oitenta, as mulheres estavam se libertando da tirania matriarcal, conquistou direitos, assim como aqueles desprovidos de capital, um tormento, a essência que da continuidade a raça humana, ser dita com submissa ao homem, tola tradição, passou pela banca de jornal, viviam-se tempos de tiranias, não podia-se pronunciar, assuntos políticos ao leu, opressão, a sociedade caminhava paralela a diversas doutrinas, comunismo, capitalismo, militarismo, tiranias, um jovem atraente, percebe a presença da doce Joana, entrega um livro, com o nome Despertar, acha aquele fato intrigante, percebe a cada momento, mais assuntos que envolvia, naquela banca de jornal, no tempo que começou a ler na praça, uma jovem passa ao seu lado e comenta.

- Esse livro é perigoso abrir em público, siga seu caminho.

Ela compreendeu aquelas palavras, como uma forma de ler no conforto do lar aquele material intrigante, sobre a pluralidade da existência, a força de atração exercida pelo pensamento, os paradigmas contemporâneos, os monstros sociais, absorta naquele universo, faltavam poucas páginas para terminar, dormiu, acorda com pessoas batendo furiosamente na porta de seus pais, estava sozinha nesse momento, acorda, abre a porta, era os militares, levando-a a presa, era arrastada lentamente até a viatura, percebe que estava virando a página do livro, já no final, acorda com um presságio, olha pela janela, a os militares se aproximavam, ela saiu desesperadamente pelo fundo da casa, quando pulou o muro, com poucas roupas e dinheiro, o rapaz que entregou o livro, estava a esperando no fundo de sua casa.

- Não pergunte muito, vamos!

Não perguntar muito, como isso poderia acontecer, sua vida comumente, estava desabando como uma maldição justamente por ler um livro, porém, percebia que conseguia compreender o universo em sua mestria, segredo e mistério, sentia-se alinhada com o universo, aquele sonho de sempre lutar com as forças tiranas da sociedade abriam-se oportunidades, para mostrar que atrás daquela timidez, existe uma mulher, um ser pensante, não dita como sexo frágil, Joana sabia que iria lutar com o sistema militar, já tão enfraquecido, aqueles olhos castanhos escuros, sobrancelhas firmes, não parecia aquele moço simpático, que entregara o livro, assumira uma postura de inconformado contra a sociedade, Alberto, apresentou assim para Joana, tudo que ele queria era terminar o curso de engenharia civil, porém as forças revolucionárias, fizeram o chamado, ela estremecia, ao saber que aquele livro, não era só um chamado, era um treinamento, para ritos do autoconhecer, toda vez que Alberto entoava sua voz, ela sentia um misticismo incrível saindo dele, transmitindo para ela, fazendo a entrar em torpor, o quão agradável, era aquela situação, sabia-se que tinha chegado ao fim da jornada, surpreendeu, com a vasta biblioteca.

- Ficará por aqui alguns dias, releia o livro, anote apenas os termos que incitou seu saber e procure na biblioteca, em quinze dias, partiremos, faça um discurso tema livre. Disse Alberto.

Partia pela estrada, deixando o rastro de poeira.

Joana, começou a pensar sobre o que estava acontecendo, como poderia isso ocorrer de uma hora para outra, tão de repente, sua vida virou de cabeça para baixo, vivia em combate interno, muito por inconformidade, de um governo corrupto, como poderia ser, a verdade, em um simples livro, parecia, mais um chamado espiritual em que guerreiros lutam contra demônios, não tirava a imagem de Alberto, uma hora totalmente simpático, outro momento, com ar taciturno, lembrou o que tinha que ser feito, iniciou as atividades.

Espiritualidade, procurou dois livros sobre o tema, a tese e antítese, elaboraria sua pilastra ideológica, pesquisou por formas de deuses, politeísmo e monoteísmo, sobre a vida após a morte, deixou essa questão em lacuna.

Pesquisou sobre ensaios políticos, lera vários, Platão, Hobbes, More, sabia precisamente, sobre república, teocracia, continuou elaborando suas questões.

Absteve-se da exata, o tempo necessário seria preciso focar em humanas, acreditou mesmo precipitadamente que não envolveria o tema, enganou-se, na manhã seguinte, apareceu por debaixo da porta da frente, uma carta, elaborando um plano de elaborar um ataque a ao estado militar, calculou o tempo necessário para viatura percorrer o caminho, os melhores locais, o tempo mínimo, deu ideia até de uma sistema de interlocução, de transmitir através do som, em praças públicas, evitaria o uso da massa, concentrando na parte da inteligência, um enigma se passava em sua mente, será que era real, será que não era outra página se virando do livro que lera, retorna as duas feições de Alberto, estava totalmente confusa, decide elaborar um discurso, iria defender a soberania patriarcal, iria propagar a transmissão de uma sociedade matriarcal, as características essenciais para transformação da sociedade.

“ A sociedade sem a mulher, seria pífia, a mulher é o equilíbrio, entre o amor e o ódio, é o desespero e o conforto, é a precaução e a sutileza, és pranto de alegria e também de tormento, é mãe de Cristo, antes mesmo dos discípulos, não é sobre a soberania, do homem na sociedade, é o homem abusar desse privilégio, nosso salário, és desigual, e recebendo opressão psicológica, violência doméstica, até quando seremos motivos de fragilidade, mulheres levantem sua voz, existiram guerreiras, que apunhalou armas, espadas, escudos, a palavra, vos digo, se rebele contra a sociedade patriarcal, da tirania dos homens, vivemos um estado conturbado de euforia e repressão em nossas opiniões, reflitam, Mulheres Guerreiras!!!”

Tentava continuar com o discurso, quando Alberto entra na casa.

- Olá, Joana?

Joana, como ele poderia saber seu nome, falou e não tinha percebido, parecia muita loucura, pensou que só iria o rever em quinze dias, misturou todas suas emoções, uma leveza no corpo sentiu-se, juntamente com um calor de paixão.

- Oi.

Respondeu amarela, sem graça.

- É o discurso, deixe-me ver?

Ele leu, releu e falou:

- É genial, venha comigo.

Durante o caminho, ambos permaneceram em silêncio, a expressão de Alberto estava mais serena tranquila, alegre, calma, se assemelhando ao primeiro encontro, parou o carro, outra casa, em outra zona rural, ao entrar no recinto ela percebeu do que se tratava, uma genial ideia, estava em um estúdio de gravações, ele pediu.

- Continue seus discursos daqui grave todos, ali tem um manual de como usar o equipamento, recolherei em breve.

Ela se sentira extasiada, uma sutil ideia tomara proporções incabíveis, se sentira uma revolucionária diferente, daquele cotidiano que vivia, no leito de seus pais.

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