Capítulo Seis

LOUISE ALBUQUERQUE

Por mais que eu não quisesse dar um fim na nossa noite, o Marcelo parecia decidido a se afastar de mim a qualquer custo e não entendeu o motivo da otária da sua oficialmente ex namorada estar parada ao seu lado sem conseguir dizer um simples tchau.

Alguém me dá um tiro na testa para eu parar de ser tão estúpida?

— Tá tudo bem aí? – Ele pergunta me encarando com aflição, porém sem tirar as suas mãos do volante como se quisesse fugir de mim o mais rápido possível.

—  Por que é tão fácil para você me esquecer? – Indago sentindo um nó na garganta. — Eu não signifiquei nada na sua vida?

— Não é isso, amor. – Sua mão direita desce até a minha coxa esquerda, iniciando um carinho gostoso e meu olhar acompanha o movimento dela. — Eu só não quero forçar a barra contigo, porque sinto que já fiz isso muitas vezes desde que... você sabe.

Sim, eu sei, desde que você beijou a minha melhor amiga no carnaval.

— Algumas vezes eu quero que você lute pela gente, outras vezes penso que o melhor é ficarmos longe um do outro. – Confesso baixinho a minha confusão de sentimentos.

— Eu tentei voltar com você...

— E eu não quis.

Olho para fora do carro através da janela, observo a fachada da minha casa por alguns segundos pensando em como irá ser a minha vida sem ele e logo volto a encarar o Marcelo.

— Não precisa ter medo de experimentar coisas novas e caso queira voltar algum dia, eu vou tá aqui esperando por você. – O mesmo tenta me motivar, entretanto, eu não acredito em nada que sai da sua boca.

— Esperando por mim? Acho difícil, hein! – Debocho.

— Eu te amo pra caralho, minha gostosa. – Sua mão sobe pela lateral do meu corpo, causando arrepios pela minha pele e indo de encontro ao meu cabelo, então ele emaranha seus dedos nos fios castanhos, os puxando delicadamente para trás.

E é isso! Bastou um puxão de cabelo para eu me esquecer os motivos de querer terminar o nosso relacionamento e agora o quero dentro de mim.

— Porra, Marcelo! – Meu protesto soa como um gemido de prazer.

Mais fácil que eu, não tem.

De repente, meus olhos estão fechados, meus lábios levemente afastados um do outro e a minha calcinha está ficando úmida.

— Uma foda de despedida? – Sua voz sai carregada de tesão e eu apenas assinto por não conseguir formular uma única palavra.

Abro meus olhos, encontrando o Marcelo me observando de um jeito provocante e eu não consigo esconder o sorriso malicioso que aparece quando ele volta a acariciar minha coxa, só que dessa vez é com a mão esquerda, já que a outra está ocupada com o meu cabelo preso em um rabo de cavalo mal feito.

— Acho que nunca vou conseguir deixar você ir embora. – Falo, me sentindo idiota por ainda amá-lo.

Tomei a iniciativa de tirar o meu cinto de segurança, o empurrar para trás e saltar para o banco do motorista, sentando no seu colo com uma perna de cada lado do seu corpo, podendo sentir seu membro já enrijecido.

— Eu não quero ir embora. – Marcelo diz sério, segura meu rosto com as duas mãos e me puxa para um beijo cheio de luxúria.

Meu coração bate descompassadamente no peito enquanto sua língua pede passagem e meu quadril começou a rebolar como se tivesse vontade própria.

A fricção da minha buceta no seu pau é tão gostosa, que só aumenta o meu tesão.

Cada célula do meu corpo o desejava dentro da minha vagina, martelando seu pênis até o fundo e me fazendo explodir em um orgasmo intenso como todas as outras vezes.

Dane-se o amor próprio por alguns minutos, agora eu só preciso gozar deliciosamente no seu pau.

De qualquer forma, já estou com o meu psicológico fodido, por que não aproveitar o momento para foder a pepeca também, não é?

Sinto suas mãos apertando fortemente a minha bunda e puxando meu corpo para baixo, fazendo com que nossas intimidades se pressionem uma na outra, me deixando cada vez mais louca por ele.

— Quer fazer aqui mesmo, delícia?

— Não, meus pais podem ver. Vamos pro quarto?

Sem perder tempo, o Marcelo abre a porta do carro, faz sinal para eu sair primeiro e eu obedeço prontamente, sendo seguida por ele e ignorando os funcionários no caminho até o meu quarto. Quer dizer, eu ignoro como sempre e o homem atrás de mim os cumprimenta sendo educado demais.

Aprendi desde muito cedo a não me misturar com os funcionários para evitar problemas e é algo que o meu ex namorado não aprova, por isso assim que entramos no cômodo e ele tranca a porta, eu já sabia que teria que ouvir um sermão sobre tratar melhor as pessoas que trabalham na minha casa.

— Custa zero reais você dizer boa noite para os seguranças, Louise.

— Eu te conheço tão bem que já sabia que você viria com a mesma ladainha de todas as outras vezes.

— Um dia você vai olhar para trás e perceber que esse seu ar de soberba não vai te fazer melhor que ninguém.

Revirei os olhos, cruzando meus braços, me sentindo entediada com esse papinho chato.

— Tivemos criações diferentes, Marcelo. É óbvio que vamos discordar em alguns pontos e está tudo bem, né? Não precisamos transformar nossas pequenas diferenças em brigas. – Dou de ombros.

— Não adianta conversar com você, caralho. – Marcelo faz uma pausa e dá um sorriso triste antes de continuar. — Olha, eu desisto. Sinceramente? Posso ter errado contigo quando te traí e sinto muito, mas o fim desse namoro pode tá sendo um puta livramento para mim.

— Tá se achando muito, meu anjo. – Dou uma risada irônica. — Sou muito areia pro teu caminhãozinho.

Ele ri sem humor, passando a mão na cabeça rapidamente e dá as costas para mim, indo em direção à porta.

— Foi bom enquanto durou, Louise. Boa noite.

— É sério que você vai embora por causa disso?

Não obtenho resposta, o homem apenas destranca a porta e vai embora, me deixando sozinha no quarto com a cabeça a mil por hora.

Alguns minutos depois, a ficha cai e eu começo a chorar desesperadamente ainda em pé, me sentindo uma pessoa horrível e me culpando por ter perdido o Marcelo.

Talvez por isso ele escolheu ficar com a Arlene, eu acho que não mereço ninguém ao meu lado.

Os pensamentos negativos começam a atingir a minha mente e eu procuro a única coisa que me faz sentir um pouco melhor no fundo da gaveta. Quando encontro o objeto cortante, corro para o banheiro, sento no chão com as costas apoiadas na parede e dou início a melhor sessão de terapia que conheço.

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