Capítulo 7

—Droga!- Massageio minhas têmporas.

Ainda com minha cabeça doendo forço-me a abrir meus olhos e levanto da cama, por um momento sinto minha cabeça gira, mas logo passa. Uma sensação ruim me aperta o peito e sem saber o porquê vasculho todo o quarto em busca de minha companheira, mas não a encontro, tudo o que eu acho é minha janela escancarada. Vou até ela e ao olha pro chão vejo as marcas de pegadas indo em direção a floresta sombria.

Raiva! Esse sentimento ultimamente anda me fazendo muita companhia. Irritado, eu estou e muito. Nesse momento estou a ponto de arrancar a cabeça de qualquer um que ousar aparecer em minha frente. 

Como essa projeto de adolescente conseguiu fazer isso?

Quem essa garota mimada acha que é?

—Nossa companheira e Suprema Luna,-Fala Ryan, divertindo-se de minha irritação.

—Idiota- Retruco o fazendo gargalha de minha cara.

Só pode tá de palhaçada comigo!

Eu, um homem feito de vinte e cinco anos, supremo alpha das alcateias do norte e leste, o mais forte e temido entre todos dentro do meu território e fora dele também, onde só de ouvir um de meus muitos apelidos tanto os alphas quanto os ômegas se tremem de medo. Desmaiar com uma simples pancada na cabeça dada por uma mimada magricela linda que em menos de dois dias me fez me senti idiota duas vezes, inaceitavél!

—Ah garota quando eu por minhas mãos em você, eu é que não iria querer está em sua pele!

"Me soltem" Ouço a voz da loba de minha companheira, a voz está bem fraca, isso significa que ela está em sua forma humana, mas mesmo assim consigo ouvi-la, e a própria está desesperada, meu lobo logo fica agitado, "Por favor me SOLTEM! SOCORROOOO", sua voz fica cada vez mais fraca e desesperada.

Não espero por mais nenhuma palavra de desespero de minha companheira, saio correndo do quarto e faço o mesmo no restante da casa, e assim que saio dela me transformo e corro em direção a floresta sombria onde sei que minha companheira se encontra.

{Lina}

Um arrepio atingi minha espinha fazendo meu coração acelera, sinto algo fecha minha garganta deixando assim minha respiração pesada e irregular, meus dedos gelam e meu corpo treme, meus olhos vasculham tudo ao meu redor em desespero e a todo custo tento sentir o cheiro de quem está mim observando, mas frustrante é a minha busca deixando-me ainda mais assustada.

—Quem está aí?- Droga, de longe se faz percebe o medo através de minha trêmula voz.- QUEM ESTÁ AÍ? APAREÇA EU SEI QUE TEM ALGUÉM AÍ!- Afirmo bem alto deixando claro que sei que estou a ser observada.

Tento debaldemente enxerga através das grandes e secas árvores. Mesmo sentindo medo ouso-me sair de dentro da cachoeira e ando em uma direção aleatória da floresta.

—Não deveríamos sair assim sem destino pela floresta.- Alerta-me Lua agitada.

Não a respondo, pois sei que ela estar certa, mas por mais que eu tente sempre acabo fazendo o que não deveria, e isso sempre me atrás graves resultados. Paro de anda quando ouço som de passos atrás de mim, olho para trás e o que antes era apenas um simples arrepio em minha espinha passa a ser uma grande tremedeira do topo de minha cabeça até a ponta de meu dedo mendinho do pé, e com isso começo a suar frio.

Que seres são esses em minha frente?

Pisco meus olhos várias e várias vezes pra ter certeza do que estou enxergando, meu coração parece querer sair de dentro de mim estourando meu peito por suas batidas tão fortes e aceleradas. Essas criaturas são horríveis! seus olhos são vermelhos sangue seus corpos estão completamente cobertos por pelos, e essa pelagem parece a pelagem de lobos ômegas, que estranho, mas eles estão no que se parece ser uma forma humana.

Um dos seres a minha frente da dois passos em minha direção e com isso dou três pra trás, ele tenta me toca, mas não permito dou-lhes a costa e saio correndo. Não corro muito, pois antes que eu desse mas que dez passo o ser de outrora agarra-me pelo braço e sinto o mesmo ficar dormente pois a temperatura de sua mão é extremamente baixa, parecendo até que um defunto no necrotério está a segura-me em vez de um ser vivo e peludo, ele arrasta-me floresta a dentro junto com o restante de seu grupo e tudo o que se passa em minha cabeça é:

Droga! Será que são eles os temidos bestas devoradores de lobos? 

Apavorada com essa hipótese grito por socorro, não sei por que eu fiz isso mas fiz, sei que não tem ninguém além de mim aqui nessa temida floresta, mas meu instinto de sobrevivência obriga-me a pedi socorro. Peço para que larguem meu braço e tento puxa-lo, mas ao fazer isso a criatura que o segurava aperta ainda mais meu braço e vira-se pra mim e abre sua boca, acho que tentando rosna pra mim, mas apenas ruídos saem da mesma e percebo que dois de seus dentes são muito grandes e afiados. Esses dentes me trazem lembranças dolorosa e mais uma vez grito por socorro fazendo assim a criatura tapar minha boca.

Medo, por mais que eu odei sentir isso, no momento é tudo o que estou sendo capaz de senti. Lágrimas inundam meus olhos e soluços destroçam minha garganta, pois os próprios são altos e bem violentos.

Quando desisto e aceito que esse será o meu fim a criatura que agarrava meu braço é arremessada pra longe de mim, e o lobo negro (meu companheiro) aparece lutando com as criaturas.

Um sentimento de perca não sei por que me atinge o peito, assim que ele mata uma das criaturas.

—NÃOOOO- Caio de joelhos no chão e esse grito alto e fino que sai de minha garganta me faz sentir como se ela estivesse sendo rasgada.

Lágrimas de tristeza brotam de meus olhos e soluços machucam ainda mais a minha garganta, com essa dor em meu peito caio de cara pro chão e choro ainda mais. Meu companheiro ao me ver nesse estado para de luta e vem ao meu encontro, sinto tanta dor que não consigo meche seque um músculo, então ele me coloca em sua costa e corre pra fora da floresta. E mesmo com minha visão embasada percebo que a direção que ele segue é o caminho da casa onde ele me manterá presa.

Ao chegarmos em sua propriedade, ele me senta na escada que leva a porta de entrada da casa e volta a sua forma humana, depois me carrega em seu colo estilo noiva e entra em sua casa. Ele me leva pro quarto onde antes eu estava e quando ele vai fecha a porta o pânico se faz presente e com minha faz fraca digo.

—Por favor não tranque a porta- Coloco minha cabeça na curvatura de seu pescoço e lágrimas saem de meus olhos molhando o seu ombro.

—Tudo bem- Suspira.- Vai ficar tudo bem!

Ele caminha até a cama e me deita, logo em seguida deita-se também me fazendo descansa a cabeça em seu peito.

Nossa! Agora que eu vim me da conta, nós dois estamos nus deitados nessa cama de casal enorme e essa descoberta faz minhas bochechas esquentarem fazendo-me esconder meu rosto em seu peito que é bem quente e macio. Ele da uma risadinha me deixando ainda mais com vergonha e uma imensa vontade de quebra-lhe o pescoço.

Distraída contando de um até mil para me manter calma sinto uma de suas grandes mãos alisam minha cabeça deixando-me com sensação de borboletas em meu estômago, e com a outra pega o lençol cobrindo-nos. Seu cheiro é tão bom, o ritmo de sua respiração é tão calma, sua temperatura e tão quente que sentindo tudo isso acabo dormindo.

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