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Knoxville, Estados Unidos.

Em uma rua repleta de lojas, havia um lugar que exalava um cheiro particularmente perfumado.

Era uma pequena padaria administrada por duas mulheres.

Uma variedade de pães e sobremesas eram expostos dentro da padaria, que era um tanto antiquada, mas tinha uma aparência descontraída.

Embora não houvesse muita variedade, correu o boato de que a comida era boa e que era um lugar frequentado por moradores locais.

Apesar de pequeno, tinha um ambiente aconchegante.

Incluindo o terraço, havia apenas três mesas no total para os convidados se sentarem.

No entanto, não havia problema porque a maioria dos clientes sempre pedia comida para viagem.

No espaço de panificação, Avery foi vista com um avental na cintura. Ele se aproximou do forno com luvas de silicone nas duas mãos.

Quando ele abriu o forno, viu os profiteroles lindamente coloridos. Um cheiro doce e salgado passou pelo nariz de Avery.

Cheirava ao pão que sua mãe costumava fazer quando ela era jovem.

Certa vez, ela prometeu que, se um dia tivesse um filho, faria um pão delicioso como este.

E esse futuro chegou mais cedo do que o esperado.

—Ah, é mesmo, não está na hora de trazer James?—Avery virou a cabeça quando ouviu uma voz vinda do corredor.

Selena Green estava ali, tendo terminado de limpar a mesa.

Com suas feições revigorantes e gentileza extraordinária, ela era a única amiga em quem Avery confiava e com quem sempre contava, no mundo todo.

Avery olhou para o relógio e então respondeu.

—Está na hora.

Antes que ele percebesse, era hora de buscar James na pré-escola.

James era o filho de quatro anos de Avery.

Selena disse a ela: "Terminei, vou buscar James."

— Sim , obrigada — Avery, que estava sorrindo daquele jeito, chamou sua amiga que estava prestes a sair da loja novamente.

—Selena.

Selena virou a cabeça em direção à porta.

Avery disse, olhando para suas roupas. "Então você está indo embora agora?"

Só então Selena percebeu que estava usando um avental com babados.

"Nossa, estou tão distraído." Ela rapidamente tirou o avental e o colocou de lado.

—A propósito, ouvi algo de James novamente. Você ainda não sabe o que James me disse da última vez? —Selena disse.

—O que ele disse?

—Tia Selena é tão ousada que é uma pena…

-realmente?

Selena imitou perfeitamente as cordas vocais de uma criança de quatro anos e fez Avery rir.

Avery conseguia imaginar que tipo de expressão James teria feito ao dizer isso, e um sorriso naturalmente se espalhou por seus lábios.

—Cuidado, Selena.

—Ei, está tudo bem, mãe—Ela zombou da amiga.

—Não me compre nada estranho na volta.

—Você não gostou do meu presente, que menina ingrata você é— ela saiu com um sorriso…

Avery pareceu preocupada quando sua amiga deu uma resposta vaga e saiu da loja.

Por algum motivo, tive a sensação de que tomaria sorvete com James novamente hoje.

—Eu disse a ela para não mimar muito o James... Ela nunca escuta.

De qualquer forma, Selena era tão preciosa para ela quanto James.

Ela foi a primeira a saber que Avery estava grávida e foi ela quem segurou sua mão mesmo quando sua família lhe deu as costas.

Sem ela, seria impossível recomeçar nesta terra distante e desconhecida. Sentindo-se sortudo por tê-la de volta, Avery embrulhou os profiteroles em plástico. Eles precisam esfriar para colocar o recheio.

Ele pegou outra bandeja contendo um bolo Castella da geladeira e foi até a máquina de café expresso.

Os grãos de café moídos foram temperados, compactados e a extração começou. O líquido do expresso foi despejado no copo com um tilintar. O forte cheiro de café enchia a padaria.

Quando ela sentiu aquele cheiro, um homem de repente lhe veio à mente.

Um homem que odiava doces e sempre bebia café expresso.

Um homem que lhe dava tanto excitação quanto dor, como um café com aroma doce e sabor amargo.

Só de pensar naquele homem o coração de Avery disparou.

Quando ela o deixou, quatro anos atrás, ela prometeu a si mesma que nunca mais pensaria nele.

Mas essa resolução foi facilmente quebrada simplesmente fazendo café.

Onde quer que ela estivesse e o que quer que ela fizesse, ele lhe vinha à mente.

Só de olhar para um lugar parecido com o lugar onde o conheci, comendo, tomando banho, olhando para James dormindo... Mesmo fazendo algo que não tinha nada a ver com ele, ele pensou sobre isso. Não importava o quão longe ele estivesse e o quanto ele nunca a via pessoalmente, ele ainda a perseguia dezenas ou centenas de vezes.

Quando vai melhorar?

Como diabos posso escapar dessa terrível tristeza?

—… Oh, que bobagem — Foi nesse momento que Avery, com uma expressão amarga, despejou o concentrado de café expresso em um copo de água quente.

Ouvi o pequeno sino pendurado na porta tocar.

Era um som que anunciava que alguém estava entrando na loja.

—Parece que eles chegaram.

Avery, que naturalmente esperava que James e Selena viessem, rapidamente largou sua xícara de café e foi em direção à parede.

Aquela parede era a parte da cozinha conectada ao corredor que não era visível do corredor. Avery encostou as costas na parede e se escondeu, sorrindo maliciosamente.

Agora James dirá: Mãe, eu sei que você está se escondendo aí. É hora de dizer: "Saia agora".

Ou ela poderia ter se aproximado silenciosamente dele e zombado dele novamente.

—…

Entretanto, embora parecesse que muito tempo havia passado, eu não conseguia ouvir a voz.

De alguma forma, um cheiro familiar passou pelo seu nariz.

Aroma fresco mas doce. Definitivamente cheirava a perfume masculino. Foi então que Avery, que estava prendendo a respiração, lentamente colocou a cabeça para fora.

—¡!—

Uma longa sombra caiu na frente dela. Assim que Avery viu a pessoa à sua frente, seu corpo congelou.

Sobrancelhas retas e espessas e olhos negros e profundos.

Um nariz pontudo como um corte e lábios levemente vermelhos. Um maxilar muito angular e ombros largos em ambos os lados. Seus traços faciais eram tão bonitos que mesmo aqueles que o viam brevemente não conseguiam esquecê-los.

Avery, que tinha visto aquele rosto maravilhoso durante dois anos, é claro que nunca poderia esquecê-lo.

—…

Os olhos de Avery brilharam enquanto ela olhava para o rosto dele.

Eu estava sem fôlego e não conseguia dizer ou fazer nada. Naquele momento, seus lábios se moveram.

—Se você ia se esconder, deveria ter se escondido melhor.

Uma voz alta e turva.

Ao ouvir aquele som grave único e imutável, o coração de Avery começou a bater rapidamente.

—Talvez em um lugar que eu nunca conseguirei encontrar.

—…

—Ou um lugar onde eu não possa encontrá-lo, não importa o quão urgente algo aconteça.

Quando ele se aproximou, seus olhos fixaram-se em Avery. Olhos tão negros e calmos quanto o amanhecer profundo. Era uma aparência desconhecida e carecia de qualquer calor.

Uma voz terrivelmente fria continuou.

—Se fosse assim, não precisaríamos nos ver assim novamente.

O homem veio vê-la.

Um homem que odiava doces e sempre bebia café expresso.

Um homem que lhe dava tanta excitação quanto dor, como um café com uma combinação de sabor doce e amargo.

Um homem que hoje quebra sua promessa de esquecê-la.

Seu ex-marido , Damian Collins.

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