Angélica
— Rodrigo, por favor, você não está pensando direito; eu estou grávida.
Sua risada macabra me faz ter certeza de que ele não terá piedade de mim.
— Você e esse bebê nojento estragaram a minha vida! Não tenho mais avó, e meu pai não é mais meu pai.
— Como soube?
Pergunto, tentando distraí-lo para ganhar tempo.
— O desgraçado me contou… A única pessoa que me amava nessa vida morreu por sua causa, vagabunda.
— Dante pode te ajudar… Se apertar esse gatilho, estará arruinado.
— Já estou arruinado! Eu te amava tanto, Angélica; agora só sinto ódio. Adeus, vadia.
Fecho os olhos, esperando pela minha morte, mas não ouço o som do disparo.
— ME SOLTA, DESGRAÇADO!
Abro os olhos; dois seguranças seguram Rodrigo. Dante aparece logo em seguida.
— Meu amor, eu senti tanto medo!
digo emocionada
Corro para seus braços.
— Acabou o pesadelo! Estamos livres!
Ele acaricia meus cabelos, fazendo um cafuné.
— Vai ter coragem de matar o seu próprio sobrinho?
Meu marido se afasta de mim e encara o mis