##capitulo 2
### Horas Antes (ponto de vista do Ben) **Mais um dia no trabalho, e o peso da frustração me acompanha ao perceber que mais um investidor desistiu do negócio.** “Esse desgraçado está realmente conseguindo destruir meus negócios,” penso, a raiva fervendo em minhas veias. *Preciso encontrar um jeito de ficar sempre um passo à frente dele.* **Com esse pensamento, Tony, meu melhor segurança, interrompe meus devaneios.** — Senhor, chamou? O sol já se pôs, e o expediente se encerrou. Um dia difícil, marcado pelas desilusões. — Sim, Tony. Precisamos clarear a mente. Vamos para o La-Mirage. — Claro, senhor! Vou organizar os homens. **Desde as ameaças e sabotagens, não me sinto seguro sem a proteção dos meus seguranças.** **Algum tempo depois, chego ao La-Mirage, a boate na qual sou um sócio silencioso. Dentro, o ambiente está vibrante, iluminado por luzes coloridas que dançam ao ritmo da música pulsante. Lucca, meu velho amigo e verdadeiro cérebro do lugar, está à frente do bar, gerenciando tudo com maestria.** Enquanto admiro a cena, um rosto familiar chama minha atenção. — Luna? **É ela!** Não a vejo há anos e, Deus, ela está ainda mais deslumbrante. Seu corpo sexy se destaca entre a multidão. Percebo que a expressão dela é de irritação enquanto se dirige ao bar. Com um gesto discreto, faço sinal para o barman convidá-la para a área VIP. **Vejo-a conversar com o barman, depois com uma amiga. Após alguns minutos, ambas sobem.** Assim que a amiga se afasta, faço um gesto para o barman mantê-la ocupada. Agora, preciso falar com Luna, antes que eu possa ir até ela, ela anda em minha direção. — Olá, Ben? **Meu coração acelera ao ver o brilho em seus olhos.** Meu Deus, está tão linda quanto antes!** Pensei** — Te conheço? — Sim, nós fizemos o ensino médio juntos e... **Ela é tão charmosa, toda sem jeito.** — Estou brincando, Luna. Depois de ouvir sobre o ex-namorado babaca dela, uma ideia ousada surge na minha mente. **Silêncio. O ambiente ao nosso redor parece sumir.** — *Bom, ele é um idiota. Sinto muito.* — Obrigada. **Sem perder tempo, despejo minha oferta, observando sua expressão confusa.** — Isso está parecendo bom demais pra ser verdade. O que eu vou ter que fazer exatamente? — Você só vai precisar me dar permissão pra uma coisa. — Para o quê exatamente? _Para usar seu corpo lindo e sexy . **ponto de vista de Luna...** *O que ele acabou de falar?* — Luna, você está bem? ** Ele fala interrompendo meus pensamentos** — Sim... É só que estou absorvendo o que você acabou de dizer. — Você está me oferecendo um emprego de prostituta? — Não, nada disso... — Então, stripper? — Não é nada disso. É um pouco mais complicado. Que tal virmos ao escritório? Lá, podemos conversar melhor. Deus, o que estou fazendo? Preciso de uma saída, e vejo que isso pode ser a única opção viável. Pensei — Claro, vamos nessa. — Mas antes, vamos pegar uma bebida. Você vai precisar. — Pode ser uma taça de vinho branco. — Ok, já volto. **No escritório...** Sinto um misto de nervosismo e confusão. *Preciso entender o que ele realmente quer antes de tomar qualquer decisão.* _Não precisa ficar nervosa,** ele disse, a voz calma e controlada. _Se você falar não, basta sair. Só vou pedir que, mesmo que não aceite, jamais fale com ninguém o que vamos discutir aqui. _É claro, pode confiar em mim,** respondi, tentando transmitir segurança, embora meu coração estivesse acelerado. _Enfim... Você já ouviu falar em Marco Cortez?** ele questionou, seus olhos fixos nos meu. _Marco Cortez, da família Cortez? Filho do Adam Cortez, dono da rede de hotelaria? ** A lembrança do nome trouxe à mente imagens de revistas de fofoca e eventos sociais. É, você conhece bem ele.** A voz dele estava carregada de desdém. _Ele está em todas as revistas de fofocas; o pai dele basicamente manda na cidade. _Exatamente. Bom, o pai dele decidiu que era uma boa ideia colocar o filhinho mimado para chefiar uma campanha, e ele decidiu contratar a minha empresa para trabalhar com ele. _E Isso não é bom? Não tem nada de bom nisso. O garoto era inexperiente e apresentou uma proposta de merda; óbvio que tive que recusar. Não podia manchar o nome da minha empresa.”* A frustração dele era evidente. _Nossa, que pena,** disse, com a empatia surgindo. _Você não tem ideia. Basicamente, o mimadinho não gostou de receber um ‘não’ como resposta. Queria o pai orgulhoso e agora está me perseguindo. _Perseguindo???”** O choque na minha voz de era inegável. _Sim, diariamente recebo ameaças e meus investidores estão desistindo da minha empresa, quando ela está na melhor fase. Ele deve estar usando a influência do pai para me afundar.** A preocupação dele pairava no ar como uma nuvem escura. _Isso é horrível. Eu sinto muito.** A minha compaixão era sincera**. _Obrigado, Luna, mas é aí que você entra. Você pode me ajudar a me livrar dele?** Ele a olhou intensamente. _Eu? Como eu poderia ajudar você com isso?** A incerteza começou a se transformar em inquietação. _Bem...”** Ele hesitou, como se pesasse as palavras. _Já te falei, não lembra? Com seu corpo lindo e sexy.” _Desculpa, mas como? _Eu já coloquei homens para seguir o Marco, para ficar um passo à frente dele, mas não adianta; ele está sempre dois passos à minha frente. É aí que você entra.** A determinação em sua voz era clara. _Eu preciso de alguém lá dentro, alguém em quem ele vai confiar totalmente. E essa pessoa vai ser você. _Como exatamente essa pessoa vai ser eu, Ben?** A minha incredulidade era evidente. _Bom, Luna, o seu novo emprego será seduzir Marco Cortez.”** _O quê?** A minha mente girou, com a proposta atingindo como uma tempestade.