Álvaro caminhava pelos corredores brancos e iluminados do hospital com passos apressados. O cheiro forte de antisséptico e o murmúrio de enfermeiras conversando nos corredores mal eram processados por sua mente. Ele só conseguia pensar em uma coisa: seu filho estava em risco.
Ao chegar ao quarto onde Luana estava internada, encontrou a ginecologista dela esperando por ele do lado de fora. A médica era uma profissional renomada e, pelo que Álvaro sabia, a única em quem Luana confiava plenamente. — Doutora, como ela está? — perguntou ele sem rodeios, sua voz carregada de preocupação. A médica lhe lançou um olhar paciente antes de responder: — Ela teve um pequeno descolamento de placenta, o que causou o sangramento. Felizmente, não foi nada grave, mas precisa de muito repouso. Não pode se agitar de forma alguma, Álvaro. Qualquer estresse pode agravar a situação.