Durval relaxou suas sobrancelhas, mas em um instante, elas se juntaram novamente, formando um emaranhado, e um brilho malicioso passou por seus olhos.
Simão balançou a cabeça e disse:
- Isso não tem nada a ver comigo. Quem estiver nessa posição faria o mesmo, é uma questão de segurança nacional, você precisa entender.
Durval se recostou lentamente no sofá, permanecendo em silêncio.
Simão continuou:
- O que há de ruim em se juntar à Diretoria de Pesquisa e Defesa contra Forças Paranormais? Nossos direitos são enormes, e o salário não é nada mau. Usar esse poder apropriadamente não faria o seu Consórcio do Cabo se desenvolver melhor? Isso não é bom?
Durval olhou para Simão, um tanto surpreso.
Esse cara parecia conhecer todos os seus segredos e não hesitava em falar sobre eles, até mesmo encorajando o uso indevido do poder público, o que era inacreditável.
Simão sorriu e disse:
- Não me olhe assim. Para nós, isso não é nada. Todos precisamos viver, certo? Mesmo que nosso salário seja bom,