Capítulo 31 - Não Existe mais a gente.
Ricardo Santana.
Kate dormia profundamente sobre meu peito, sua respiração tranquila contrastando com a intensidade da madrugada que tivemos. Depois do nosso primeiro momento, nos entregamos um ao outro mais vezes—no banheiro, na sala, até mesmo no balcão da cozinha—e só paramos quando o céu começou a clarear.
Eu deveria dormir, mas não queria. Queria guardar cada detalhe dessa noite na memória, queria sentir o calor do corpo dela contra o meu e gravar na mente a visão de Kate, nua em meus braços, completamente minha.
O toque irritante do celular quebrou o silêncio, anunciando que já eram oito da manhã. Kate se remexeu sonolenta antes de abrir os olhos e me olhar, ainda meio confusa. Então, um sorriso preguiçoso e irresistível surgiu em seus lábios.
— Bom dia, amor — sua voz saiu rouca, cheia de preguiça e um quê de doçura.
Meu coração parou por um segundo. Ela me chamou de amor?
— Repete — pedi, apertando-a ainda mais contra mim.
Kate riu baixinho, aquela risada gostosa que me fazia