—Você se vangloria de ser o MacLeod mais digno que já existiu e concordou em ser amante de Gavin? —Fiona perguntou com total desaprovação. Camila engoliu em seco para evitar lágrimas de frustração. —Você gosta de me culpar por ser menos e de pouco valor para seu sobrinho, você se vangloria do meu sofrimento e da minha dor, você é cruel comigo porque me inveja. — Inveja de que garota boba? Você se rebaixou em nome do amor, mas isso não é amor, Camila, se o amor faz você se sentir menos que outro indivíduo então é um relacionamento que vai te trazer tristeza e decepção. —Eu luto como você não teve coragem de fazer. Não ficarei sozinha e triste como você, amarga e sem filhos, desprezada pelo seu marido e pela sua família. Ela tem o amor de Gavin que lhe abriu as portas do clã após ser renegado. E logo você verá como Gavin me dá meu lugar e terá que engolir seu ódio contra mim. —Você não percebe que não é ódio, mas sim o contrário —Fiona murmurou com lágrimas nos olhos e Ca
Ana agora era quem abraçava Graham, ele tremia e o cheiro de sangue permeava o ar. Ana nunca se sentiu tão inútil em sua vida. Ele manteve o fogo aceso e orou por um milagre. —Não morra —Ana ordenou e Graham balançou a cabeça. Graham fechou os olhos ouvindo os batimentos cardíacos acelerados de Ana e deliciando-se com a música que ela cantava para ele enquanto o embalava como uma criança. GRAHAM!! E!! Que alívio Ana sentiu ao ouvir a voz de Gavin chamando-os. — AQUI ESTAMOS!! —Ana gritou para o céu e emocionou Graham. —Graham, socorro, socorro chegou —Ana murmurou e ergueu o rosto, mas ele não prestou atenção, havia perdido a consciência. —GAVIN!! AJUDA! —Ana gritou e viu a luz de uma lanterna iluminando seu rosto. —Ana, você está bem? —Gavin, graças a Deus, Graham perdeu muito sangue. —Vou tirá-los daí. Ewan trouxe cordas e seu cavalo, Gavin amarrou-se na corda e desceu muito rapidamente, pegando Ana primeiro. —Leve Graham primeiro —Ana di
Gavin era um homem realmente muito bonito e estava acostumado com a apreciação feminina, mas o elogio de Marina o surpreendeu completamente. O que não o surpreenderia era parecer um tomate. Ele acariciou a barba, grato por isso esconder qualquer aumento na pressão arterial, como se fosse um pequeno elogio de sua professora. —Você me disse que seu nome é Gavin, certo? Gavin assentiu, sem ousar soltar a mão dela, que ela segurava com força para orientação e conforto. —Ehh, sim, Ga-Gavin... Gavin MacLeod —Gavin gaguejou e se repreendeu, ele tinha que se controlar, ele não era uma criança, ele era o racional aqui. Marina começou a rir, aparentemente muito satisfeita com a sua vida. —Você é escocês? —Isso mesmo, na verdade estamos agora na Escócia. —Eu entendo, é por isso que meus pais não estão aqui, bem, minha mãe morreu..., mas nos conhecemos no Brasil? Como cheguei à Escócia? —Marina olhou para Ana—. Realizamos o nosso sonho e viajamos como mochileiros pela Euro
Muito mais tarde, depois de todos terem se limpado, Marina estava dormindo em vários travesseiros com o braço esquerdo preso com um pedaço do velho mas limpo xadrez de Ewan. Gavin observou da porta da cabana enquanto Ewan voltava do estábulo. Ainda chovia, mas já era uma chuva fraca que deixou a noite muito fria. —Deixei o filho de Fergus com a esposa no estábulo, eles ficarão confortáveis." Ewan ficou em silêncio por um tempo. Não vi nada mais estranho, eles falam com a ajuda daqueles aparelhos que todo mundo carrega hoje em dia. —Se você não insistisse em continuar vivendo no século passado, perceberia que a tecnologia é necessária. —Eu nem tenho eletricidade aqui e não preciso dela. —Ewan, você deveria me ouvir e vir para o clã MacLeod comigo. — Como está o seu pai? —Ewan mudou de assunto abruptamente. Gavin suspirou. —Ele morreu recentemente. Ewan benzeu-se. —Você deveria ter me contado, eu teria ido. —Ele não morreu aqui, foi no Brasil. —É u
—Como foi o sonho que você teve? —Gavin evitou a pergunta fazendo outra. Isso conseguiu distrair Marina, ela franziu a testa e pensou antes de dizer. —Foi muito estranho, não pode ser real. —Diga-me e eu lhe direi se é real. "Eu estava com você", Marina ficou muito vermelha. Numa cama e eu - Marina mordeu o lábio inferior, teve vergonha de dizer que estava amarrada -... senti frio e não consegui te ver, mas vi seu braço, e seu anel. Marina deu testemunho acariciando levemente as intrincadas linhas da tatuagem com as pontas dos dedos no antebraço de Gavin. "Não parece muito irreal", murmurou Gavin, com a voz embargada. Sua boca estava seca e seu coração disparado. Sem citar outra parte de sua anatomia; o tímido toque de carinho de uma garota que ele prometeu não tocar para começar o está deixando louco. Marina sorriu não muito convencida. —Não acho que seja real, porque aí tudo mudou, corremos por um corredor e atiraram na gente; e você me protegeu —Marina ri
Marina acordou com barulho de panelas caindo e xingamentos. —Desculpe, garota, eu não queria te acordar —disse Ewan com tristeza. —-Não se preocupe senhor... —-Ewan —Ewan deu um passo à frente e ofereceu sua mão—. É um prazer, Sra. MacLeod", disse ele em português. Marina ficou surpresa. —Você fala português. —Muito pouco, meu amigo Marcelo me ensinou. Marina afirmou com um sorriso. —Ele é o pai de Gavin —comentou Ewan—, mas não se lembra de nada sobre sua vida. Ewan continuou tirando panelas e potes. —Posso ajudar? —Marina perguntou. Gavin acordou muito cedo e caminhou até o morro mais alto recebendo sinal de telefone, voltou para a cabana e encontrou Ana saindo da estrutura improvisada onde ele dormia. —Como está Graham? —Gavin perguntou muito sério. —Bom, mas se voltarmos hoje é melhor —respondeu Ana com boa disposição. “Eles estão vindo nos procurar”, disse Gavin sem parar de andar. —Como Marina acordou? —Ana perguntou indo em direção a
Camila ignorou a Marina e Gavin gentilmente removeu seu abraço. —Eu estava tão preocupada —Camila exclamou, segurando as mãos de Gavin nas suas. Quando você não voltou, eu sabia que algo muito ruim havia acontecido. Gavin estava chateado e mais consigo mesmo, sabia que era impossível Camila ser uma mulher discreta, ela era dominante demais, não concordaria em vê-lo em segredo. Ter que se esconder ainda mais o deixou com raiva. —O que você quer dizer com voltar? Você teve que ir a algum lugar com ela, Gavin? —Marina perguntou e era óbvio que ela estava tentando controlar o ciúme, mas não conseguia. —Porque ele tinha um encontro comigo —Camila retrucou. —Conversaremos mais tarde, Camila —Gavin decretou com as sobrancelhas levantadas. —Mas diga a ela de uma vez por todas, você não quer ficar com ela, você quer ficar comigo. —Droga Camila, você enlouqueceu? Olha onde estamos, estamos passando por uma emergência, seu irmão está ferido e eu te mandei trabalhar no clã
Marina estava cheia de ansiedade, segurando um ursinho de pelúcia que comprou no hospital para o filho. A sensação era estranha, assustadora, seu coração estava acelerado e ela ficou grata quando Gavin ficou ao lado dela. —Você está pronto para conhecer nosso filho? Marina assentiu e apertou a mão de Gavin em busca de apoio. Eles entraram na sala e Cris sorriu ao vê-los. — Mãe! —Cris exclama, levantando-se da cama para abraçar Marina, ela coloca as mãos na careca e se vira para olhar para Gavin. Uma lágrima escorre pelo seu rosto ao saber que seu filho está com câncer, é evidente embora ela não pareça fraca. Ele não precisa da confirmação de Gavin, apenas por se verem eles podem comunicar sua dor mútua. Marina se ajoelha e olha nos olhos do filho. Cris olha para ela com amor e ela sorri. —Você tem heterocromia. —Marina comenta ao ver as íris dos olhos dele, em um há um espaço marrom. —Sim mãe, no meu olho esquerdo tenho um pedacinho dos seus olhos e o