Emma.
O lado da cama estava vazio. Gregory havia saído tão cedo que eu não vi nem sequer um ruído seu. Não considerei anormal o meu cansaço, afinal vinha sentindo isso há alguns dias desde quando descobriu a doença. Olhei para o lençol remexido, o lugar bagunçado que ele deixou ao meu lado e pensei o quanto ele se sentia confortável dormindo comigo sem que eu pudesse oferecer nada em troca.
Levantei e fui direto para a cozinha. Morei durante tantos anos na casa enorme de Gregory que havia me acostumado a percorrer uma distância grande entre meu quarto e a cozinha, mas ali eu abria uma porta e já estava em frente a outro cômodo. Apenas alguns passos eu estava em frente à pia, o fogão, a geladeira.
Lia já havia chegado e preparava um café. Bufei decepcionada por vê-las mastigando a comida enquanto eu me alimentava com um líquido marrom escuro que era ingerido pelo meu nariz. Não devia culpar ninguém além de mim mesma. Eu me recusava a comer, precisaram fazer aquilo para que eu não morre