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POV de Mathilda

— Você é da família do senhor Goyle? — perguntou uma enfermeira ao sair do quarto onde meu pai estava internado.

Meu coração disparou. Coisas ruins sempre aconteciam quando alguém do hospital vinha com esse tom… Mas o sorriso gentil dela me fez acreditar que, dessa vez, não era nada grave. Eu precisava me manter positiva.

— Sou a filha dele.

— Que bom. Por favor, entre. O senhor Goyle recobrou a consciência e não para de chamar por Mathilda.

Essas palavras me fizeram suspirar de alívio. Levantei-me do banco e segui a enfermeira até o quarto.

— Mathilda... minha filha... onde está você? Quero ver a Mathilda! — ouvi a voz fraca do meu pai do outro lado da porta.

Quando ela se abriu, vi aquele homem de meia-idade deitado, frágil, com vários aparelhos ligados ao corpo. Meu pai estava encostado na cabeceira, chamando meu nome entre respirações curtas.

As lágrimas caíram antes mesmo que eu pudesse contê-las. Corri até ele e agarrei sua mão.

— Papai!

— Mathilda... onde você e
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