POV de Fredric
Quem essa Mathilda pensa que é? Como ela se atreve a me dizer algo tão horrível? Bem... por sorte, ainda me resta um pouco de paciência. Caso contrário, ela já teria desmaiado ao ouvir minha resposta.
Eu nem teria vindo aqui se a vovó não tivesse me chamado ao hospital. Preferia mil vezes estar com Paula.
— Oh, meu querido neto! Onde está a Mathilda? — a voz da vovó Rosa ecoou assim que saiu da sala do médico. O rosto dela ainda irradiava felicidade, como se nada de terrível tivesse acontecido com o pai de Mathilda.
— Ela foi à cafeteria. Como está o senhor Goyle?
Tive que fingir preocupação. Meu rosto precisava demonstrar um mínimo de empatia... embora, na verdade, eu não me importasse nem um pouco.
— Está estável. Não perdeu a consciência por causa do AVC que sofreu.
— Ah... isso é péssimo. Mas por que esse sorriso tão largo depois de sair da sala, vovó? Quero dizer, não recebeu más notícias, certo?
— Você sabe... é uma situação difícil, mas ainda há esperança de recu