Lizandra Narrando
Assim que a Sophie me disse que a mãe dela estava lá embaixo, um ódio tomou conta de mim tão forte que senti meu corpo inteiro ferver. Aquela mulher desgraçada não tinha o direito de aparecer do nada, muito menos de invadir a paz que a Sophie tanto lutou pra conquistar. Acompanhei ela até a portaria, firme, pronta pra o que fosse. Me coloquei ao lado da Sophie, do jeito que sempre fiz. Meu lugar é ali, protegendo ela de qualquer coisa que tente machucá-la principalmente da própria família.
Quando vi a velha abrindo os braços como se tivesse feito alguma coisa boa na vida, minha mão fechou sozinha. Minha vontade era de voar nela, juro por tudo. E a Samantha, aquela ridícula sempre foi um poço de inveja. Sempre se doeu com a beleza da Sophie, com a força dela, com tudo que ela representa. Ficava tentando diminuir a Sophie porque sabia que nunca ia chegar aos pés dela.
— Você mora bem, hein? — disse a Samantha, com aquele deboche nojento. Me deu nojo.
Eu tava prestes a