Evan Narrando
Tava no meio da obra quando meu celular vibrou no bolso. Poeira pra todo lado, barulho de serra, martelo, vozes se misturando, mas aquele número me fez gelar. Era o detetive. Na mesma hora, larguei a trena, deixei a prancheta em cima do balde de tinta e me afastei do pessoal, limpando a mão na calça antes de atender.
— Alô?
— Sr. Evan, boa tarde. Consegui as provas. Já tenho a localização exata da Savana Holdings. Só estou finalizando os últimos levantamentos.
— E consegue me passar tudo quando?
— Hoje. Final da tarde. O endereço eu vou te enviar por mensagem. A gente se encontra lá.
Meu coração disparou. Respirei fundo e agradeci, tentando manter a voz firme.
— Entendido. Obrigado por me avisar. Tô indo me organizar.
Assim que a ligação terminou, sem pensar duas vezes, disquei o número do meu sogro. O Ethan precisava saber daquilo. Era agora ou nunca.
— Alô?
— Sr. Ethan, sou eu, o Evan.
— Oi, Evan. Que foi? Tá tudo bem?
— O detetive acabou de me ligar. Ele conseguiu tu