Ferman Aksoy
Depois do almoço, deixei Leyla na empresa dela. O caminho foi silencioso, mas confortável. Leyla estava focada no caso de Ozan, mas meu coração estava dividido. Algo sobre ele não me cheirava bem, e eu precisava resolver isso antes que ela se envolvesse ainda mais.
— Não se meta em encrenca, Ferman — ela disse de repente, sem desviar os olhos da janela.
Sorri de lado. Leyla me conhecia bem demais.
— Eu? Encrenca? Nunca.
Ela revirou os olhos, abriu a porta do carro e desceu, mas não sem antes lançar um olhar desconfiado na minha direção.
— Até mais tarde.—ela me beijou e em seguida eu esperei até que ela entrasse no prédio, e então dei a ordem ao motorista:
— Vamos até a empresa de Ozan.
Quando cheguei, fui direto até ele. Ele estava saindo do prédio, e o peguei de surpresa.
— Precisamos conversar — falei, minha voz firme.
Ozan estreitou os olhos, mas não parecia intimidado.
— O que você quer, Ferman?
Me aproximei, invadindo seu espaço.