— Esperei pelo seu telefonema, Serena. Para ser franco, fiquei triste porque não me ligou — dizia Ricardo, debruçado no balcão, perto de Serena.
— Esqueça isso, Ricardo. Nosso tempo passou — ela retrucou. E foi um engano, uma perda de tempo, pensou, aborrecida.
— Acho que não me entendeu naquele dia. Não sou um depravado, e nunca iria ferir você, meu bem — Ricardo disse, com voz macia.
Ela tinha dúvidas quanto a isso, mas preferiu calar-se, olhando em torno mais uma vez, enquanto bebia seu suco. Se quando terminasse de beber Stephen ainda não houvesse aparecido, voltaria para junto da banda e pronto. Não havia sentido algum em ficar ali conversando com Ricardo. Não eram amigos, não eram nada.
— Não esperava que você fosse uma preconceituosa... —Ricardo disse, suavemente.
Serena mordeu a isca, reagindo de pronto:
— Não sou preconceituosa!
Ricardo abriu um grande sorriso:
— Bom saber isso.
Antes que Serena pudesse retrucar-lhe uma resposta, teve um sobressalto ao ter sua cintura subita