Eu coloco minha mão sobre a dele, pressionando-a contra o meu rosto, como se esse gesto pudesse ancorar-me no presente, evitar que eu me afogue nas emoções que estão me consumindo. As lágrimas caem devagar, uma a uma, e sinto o peso de tudo o que perdemos, de tudo o que poderia ter sido.
“Então por que você foi embora?” Minha voz treme, frágil como vidro prestes a se quebrar, enquanto a pergunta escapa dos meus lábios, carregando consigo toda a angústia acumulada ao longo dos anos. “Eu voltei para o seu apartamento um tempo depois, para conversarmos…” Minhas palavras ficam presas por um momento, a dor intensa cortando o ar entre nós. “E você simplesmente tinha ido embora.” Meu tom é de acusação, mas também de súplica, como se implorar por uma explicação pudesse aliviar o peso que carrego.
Quando eu descobri que estava gravida, a primeira pessoa que eu quis contar era para Alexander. Nem passou pela minha cabeça naquela época que poderia ser de qualquer outra pessoa se não dele.
Agora,