— O quê? — Wayne perguntou, paralisado, a voz embargada pelo choque. O coração dele deu um salto, não por culpa, mas por medo de perdê-la.
Jane enxugou as lágrimas com as costas da mão e puxou o ar como quem precisava de coragem para permanecer de pé.
— Você e Milana…?
— Jane, eu não sei o que a Kassidy disse pra você, mas...
— Você gosta dela?! — Ela o cortou, firme, a voz falhando de dor, mas vibrando com uma determinação nova. Havia mágoa, sim. Mas havia também algo ainda mais forte: um desejo desesperado pela verdade.
Wayne a encarou por um segundo, depois suspirou, pesadamente.
— Milana e eu... — ele começou, a voz mais baixa — nos conhecemos num momento delicado, pra ela. E eu, que já estava sozinho há tempo demais, me permiti baixar a guarda. Ela é uma mulher admirável. Eu... eu a quis. Não seria justo mentir sobre isso. Tive desejo por ela, sim.
Fez uma pausa, e então olhou nos olhos de Jane como se estivesse entregando o próprio coração em suas mãos.
— Mas não era amor.