Ellen Vasconcellos.
Dia seguinte.
Os corredores da faculdade estavam cheios, como sempre, mas para mim tudo parecia acontecer em câmera lenta.
O barulho das conversas, o som dos passos apressados, o aviso de alguma palestra no alto-falante… tudo passava por mim sem realmente me tocar.
Talvez fosse o peso da semana. Talvez fosse o fato de que, mesmo cercada de gente, eu ainda sentia aquele aperto desconfortável no peito.
— Esse fim de semana, hein! — disse Suzie, com um sorriso sapeca. — Não inventa desculpa, Ellen. Você prometeu!
Eu tinha que passar com eles, tinha tempo que dizia que iríamos nos divertir, sair um pouco juntos.
Fábio se aproximou, animado, pegando carona na provocação.
— Ela vai, sim. Nem vem! Eu mesmo vou buscar você, se for preciso!
Dei uma risada pequena, tentando acompanhar a energia, o animo deles.
— Prometo, gente… Eu realmente preciso relaxar um pouco. Só que... minha mãe ainda está internada, sabe? Por isso que esses dias não estava bem, est