Ethan Blake.
O relógio marcava quase sete da noite, mas eu continuava sentado naquele banco duro de hospital, no mesmo corredor por onde tantos passaram o dia inteiro. Ellen já havia ido embora, exausta. E mesmo depois de garantir que ela voltasse para casa em segurança, eu não consegui sair.
Ainda havia algo aqui me prendendo.
“Eu não vou deixar Ellen passar por isso sozinha. Não de novo.”
O pensamento ecoava dentro de mim, com um peso que não consegui ignorar. Eu sabia muito bem o que era ver alguém definhar em um hospital, cercado de incertezas e promessas vazias. E agora, não era apenas sobre o bem-estar da mãe de Ellen — era sobre manter minha promessa.
E, de algum modo, também era sobre não deixá-la sozinha.
Assim que a transferência começou, acompanhei Helena na ambulância.
Ela estava deitada sobre a maca, conectada a fios e monitores que faziam bipes baixos, espaçados. O interior da ambulância cheirava a algo específico, remédios, álcool, plástico…e urgência. Eu sentei