Capítulo 278
Nazar
Eu me sentia... sufocado. Como se cada célula do meu corpo estivesse rejeitando aquela verdade, tentando cuspir para fora o gosto amargo do nome que nos unia. Maxim Kim.
O desgraçado que destruiu minha mãe. O homem que moldou minha vida ao seu bel-prazer, que me tirou tudo, que me fez crescer como um cão sem dono, sem passado, sem família. E agora, de repente, eu descubro que o sangue dele também corre nas veias de Don Alexei.
Minhas mãos tremiam. O peso da arma que eu havia largado no sofá ainda queimava meus dedos. Eu queria gritar. Queria quebrar algo. Queria voltar no tempo e arrancar aquele nome da minha história antes que ele tivesse a chance de me marcar.
Mas o que mais me perturbava era Alexei.
Ele não reagiu como eu imaginava, na verdade não imaginei nada disso. Não me afastou. Não me olhou com desprezo. Não questionou minha fúria. Ele apenas ficou ali. Me segurou. Me chamou de irmão. Como negar a isso, se ele não tem culpa de ter o sangue daquele demônio n